Asfalto, saneamento, iluminação pública e segurança. Direitos básicos que deveriam ser garantidos pelo Estado à sociedade que paga impostos. No entanto, os moradores das três travessas da rua Macapá, no bairro de Águas Lindas, em Ananindeua, não sabem o que é ter tudo isso. A realidade de quem mora naquela comunidade é o oposto do ideal.
As estreitas ruas nunca receberam qualquer tipo de melhoria. Lama, buracos e mato tomam conta das vias. Por conta disso, ambulâncias, carros da polícia e de coleta de lixo não se atrevem a entrar, devido às péssimas condições do lugar. “A gente vive aqui debaixo d’água. Quando chove, tudo se torna mais difícil. Ninguém consegue sair mais de casa”, conta o pedreiro Carlos Alberto Souza, 58.
A dificuldade dos moradores é tão grande que para eles se desfazerem do lixo doméstico, precisam caminhar aproximadamente 20 minutos até a lixeira mais próxima, localizada no conjunto Olga Benário. Nos postes, não há lâmpada e, por conta disso, a insegurança predomina à noite.
Ângela Braga, 42, analista de recursos humanos cita o assalto que sofreu com a filha no trajeto de cerca de 1km, do ponto de ônibus mais próximo até a casa dela, perto da rua Macapá. “Apontaram a arma pra gente. Foi horrível!”, lembra.
A reportagem pediu esclarecimentos sobre a denúncia, no entanto, até o fechamento desta edição, a Secretaria Municipal de Saneamento de Ananindeua não respondeu a demanda.
(Michelle Daniel / Diário do Pará)
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