Belém tem a 7ª cesta básica mais cara do País

A alimentação em Belém continua entre as mais caras do Brasil. No balanço divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese-PA), a cesta básica consumida na capital paraense, de janeiro a abril deste ano, sofreu reajuste de 17,40%, o que coloca a cidade paraense na 7ª posição no ranking de capitais brasileiras que mais gastam com produtos alimentícios.

VILÕES

De acordo com a pesquisa, desta vez, os vilões foram a manteiga, que teve alta de 5,89%, e o leite, reajustado em 4,29%. Alguns itens também continuam aumentando de preço, a exemplo do feijão, farinha de mandioca e carne bovina. Para comprar os 12 itens básicos da cesta, o trabalhador paraense comprometeu 50,95% do novo salário mínimo de R$ 880.

Nos supermercados de Belém, a alta dos preços desses produtos é logo percebida. As etiquetas foram todas atualizadas, gerando muita reclamação dos consumidores. O quilo da manteiga, por exemplo, está custando entre R$6,76 e R$16,90. “Está muito cara mesmo. A que eu comprava era R$9 e agora saltou para R$17. Só dá para duas pessoas”, reclama a autônoma Judite Pereira, 65.

Na seção do leite, a insatisfação é a mesma. A dona de casa Sônia Oliveira, 57, diz que na sua casa o consumo de leite em pó é de um pacote por dia e que o produto é um dos que mais pesam no orçamento mensal da família.

Para manter o hábito, ela resolveu comprar uma marca mais barata. “A gente reparte o gasto, diminui o consumo e experimenta outras marcas mais em conta. É o jeito”.

TOMATE
Dos produtos da cesta básica, apenas o tomate teve queda no preço. Segundo o Dieese, o fruto apresentou um forte recuo de 9,88%, fazendo com que o percentual final da cesta de abril ficasse 0,33% negativo em relação a março. Nos supermercados, o preço médio era de R$5,95, o quilo, e agora está sendo vendido a R$4,97 na capital.

(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)