A busca por uma cirurgia se torna cada vez mais cansativa para a família de Lindinalva Viana, 65 anos. Diagnosticada com câncer de mama em janeiro deste ano, a paciente espera por uma cirurgia no Hospital Ophir Loyola, desde março.

"No início do ano, a minha mãe realizou uma mamografia e ultrassom, e consultou um oncologista. Após detectar o câncer, ela foi encaminhada para um cirurgião", explicou Patrícia Andrade.

Lidinalva precisa fazer uma intervenção cirúrgica. "Estou desesperada, porque não sei a quem recorrer. Já sabemos que esse câncer de mama pode ser tratado desde que seja feito o tratamento com rapidez. Tanta demora tornar a cura algo impossível", lamentou Patrícia.

Documento em que o médico solicita cirurgia para a paciente (Foto: Reprodução)

Patrícia contou ainda que a mãe sofre com dores e que foi constantemente ao posto de saúde no último mês.

Durante a espera por um retorno sobre cirurgia, Lindinalva realizou uma consulta com um clínico geral, que a encaminhou para um neurologista, só que consulta pelo SUS para iria demorar. "A família conseguiu um dinheiro e levou ela em um especialista particular. Porém, ele solicitou uma ressonância e não temos condições de pagar", disse.

"Tudo é um descaso na saúde pública", lamentou.

O hospital Ophir Loyola esclarece em nota, que a paciente foi assistida pelo médico especialista no dia 13 de maio e reavaliada no dia 17 de junho, conforme evolução do prontuário médico e que emitiu uma guia de Autorização de Internação Hospitalar (AIH), cuja programação cirúrgica será realizada assim que o documento for autorizado pela Sesma.

Ainda segundo o hospital, em caso de intercorrências  próprias do câncer, a paciente pode comparecer à Unidade de Atendimento Imediato para receber a assistência médica necessária.

O DOL entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde e espera um posicionamento sobre o caso de Lindinalva.

(DOL)

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