Você se forma na escola, depois na universidade e, desde cedo, corre atrás de emprego. Faz todo esse percurso traçando uma projeção de, um dia, poder parar de trabalhar e viver com segurança financeira. Mas, de fato, já começou a se
planejar para essa etapa?

Para o economista Roberto Sena, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA), o ideal é que se comece a fazer a poupança assim que tiver algum rendimento financeiro, seja por salário, pensão ou mesada. Quanto mais cedo começar a poupar, maior será o valor obtido no fim.

“Se nós quisermos ter um futuro melhor, temos de pensar logo cedo em guardar dinheiro”, afirma. Ele avalia que, atualmente, os jovens já entram no mercado de trabalho mais cedo, em programas como o Jovem Aprendiz. Além disso, já possuem o pensamento de guardar dinheiro e se projetar para o futuro. “O grande problema é transformar esse pensamento em investimento”.

Ronaldo Palheta tem 20 anos e afirma que aprendeu a economizar e pensar mais no futuro. (Foto: Ricardo Amanajás/Diário do Pará)

De acordo com o economista, nunca é tarde para começar a poupar e, apesar de ser difícil pensar nessa poupança na atual conjuntura econômica do País, é importante que se guarde sempre um percentual da remuneração que ganha.

Sena orienta também que uma boa opção para guardar o dinheiro é a poupança no banco. “Não é a melhor escolha em termos de rendimento, mas é uma segurança. Como se fosse um cofre, com a vantagem de não deixar o dinheiro parado”, explica.


MIREM NO EXEMPLO!

O estudante de Jornalismo Ronaldo Palheta, 20 anos, é modelo de economia entre os amigos. Desde que entrou na faculdade e conseguiu sua primeira bolsa de estágio, começou a pensar em economizar. “Foi a primeira vez que passei a cuidar do meu próprio dinheiro e senti independência, mas não perdi o controle”, relata.

O estudante conta que ainda não está pensando, necessariamente, na aposentadoria, mas tem na poupança uma garantia para o futuro. Para Ronaldo, trabalhar com as metas é uma boa forma de conseguir se controlar. “Você precisa ver as necessidades que tem. Não vejo muita necessidade em comprar
coisas fúteis”, conclui.



(Alice Martins Morais/Diário do Pará)

MAIS ACESSADAS