Desde que foi diagnosticado com epilepsia refratária – caracterizada por ser de difícil controle medicamentoso –, Lucas Miranda Leão, 9 anos, já tentou todos os medicamentos disponíveis, em Belém, para tratar o problema. A criança, que também possui autismo severo, sofre rotineiramente com vários tipos de crises convulsivas. 

Sem mais alternativas de tratamento na cidade, a criança precisa realizar um exame específico, disponível apenas em São Paulo, e que poderá apontar um caminho para o controle das crises epiléticas. Por isso, a família de Lucas realiza uma campanha para arrecadação de recursos.

A mãe, Dari Leão, 42 anos, conta que, em decorrência da epilepsia, há períodos em que Lucas fica até 48 horas sem conseguir dormir. “Tem vezes que ele passa a noite toda convulsionando. Quando amanhece, entra em crises de ausência, quando fica alheio a tudo, com o olhar perdido.”

PIORA NA SAÚDE

O quadro de saúde dele piorou com a primeira crise de epilepsia, há um ano. Além do diagnóstico de epilepsia, ficou constatado que o tipo apresentado por Lucas é de difícil controle. Dari destaca que o filho “se enquadra naqueles casos em que a pessoa pode apresentar até 40 tipos de epilepsia e convulsões”.Para tentar controlar as crises, o caçula chega a tomar oito medicamentos, que não têm dado o resultado esperado. Da médica que acompanha o caso de Lucas, Dari ouviu que todos os recursos disponíveis em Belém já foram adotados e que a saída, agora, seria a realização de um exame de vídeo que monitora o comportamento cerebral.

EXAME CARO

No entanto, o exame só está disponível em São Paulo. “O exame custa R$3.720 e ainda tem a consulta com a médica que é especialista em epilepsia de difícil controle e que custa R$900”, relata a mãe. “Fora isso, tem os custos com a própria viagem”, explica ela, que está de licença médica do trabalho para cuidar do filho.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

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