Os professores da rede estadual de ensino decidiram atender ao pedido do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) e suspenderam temporariamente a greve deflagrada no último dia 3. A decisão ocorreu na tarde de ontem, durante assembleia-geral da categoria, realizada na Escola Estadual Marechal Cordeiro de Farias, na Almirante Barroso, em Belém. 

A suspensão acontece, a princípio, enquanto se espera o julgamento do recurso impetrado pelo Governo do Estado contra uma decisão do próprio Tribunal, de 2016, favorável ao pagamento do piso salarial dos professores referente ao ano passado. Sem reajuste, os professores continuam recebendo o mesmo valor do piso de 2015 (R$ 1.917), quando o vencimento-base do professor com 200h/aulas atualmente é de R$ 2.298. A previsão é que o julgamento do recurso ocorra no próximo dia 17. A proposta foi apresentada anteontem, pela desembargadora Luzia Nadja Guimarães, durante reunião de conciliação entre o Governo e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp). 

REAJUSTE

A entidade garante que não abrirá mão do reajuste e os professores manterão o estado de greve. “Nossa expectativa é de que o Tribunal mantenha sua decisão favorável aos trabalhadores e, até lá, ficaremos em mobilização permanente nas escolas com alunos e pais”, informou o coordenador estadual do Sintepp, Alberto Andrade.

A previsão é de que, após o julgamento, Governo e representantes dos professores voltem a discutir o assunto em nova reunião. Até lá, as aulas voltarão ao normal. O Sintepp adianta, no entanto, que se não houver acordo, a categoria pode voltar a entrar em greve. “A partir da reunião de conciliação vamos avaliar se o movimento de greve continua ou não”, diz Andrade.

Na manhã de ontem, alunos do Colégio Estadual Paes de Carvalho fecharam a rua João Diogo e deram um abraço simbólico no prédio da escola. O movimento foi para apoiar a mobilização dos professores estaduais e para reivindicar melhorias nainfraestrutura do colégio.

A programação incluiu ainda uma palestra sobre a produção de redações para o vestibular, uma aula de capoeira, ministrada por uma aluna; um ato que fechou a rua João Diogo. 

(Diário do Pará)

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