Mesmo diante da crise econômica, o Brasil ainda se mantêm produtivo e gerando renda, graças ao agronegócio. Comparando este ano com o de 2016, por exemplo, a safra agrícola cresceu 9,7% no primeiro trimestre, chegando a 230 milhões de toneladas. No ano passado, a produção dos 3 primeiros meses foi de 210 milhões. Diante do panorama, o agronegócio paraense se mantém otimista para 2017. 

O zootecnista Guilherme Minssen observa forte dinamismo do setor neste ano e confia nas diversas vantagens ambientais da região para que a economia do segmento continue crescendo no decorrer dos meses. “Com uma crise que acabaria com a economia de qualquer país, é o agronegócio que continua movimentando a moeda no Brasil e no Pará”, afirma. 

O especialista ressalta que esse crescimento traz muitos benefícios ao estado, já que gera empregos e movimenta pequenos, médios e grandes negócios, além de contribuir com o desenvolvimento local. “Nada gera mais riqueza que um grão no chão”, conclui Minssen.

APOSTAS

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, também faz algumas apostas para a produção paraense deste ano. Ele lembra, por exemplo, que no ano passado e neste ano, o Pará ficou em 1º lugar na produção nacional do cacau, com 118,4 mil toneladas, o que gerou uma receita de R$ 888 milhões. Xavier diz que a entrada das tecnologias possibilitou que o Estado deixasse de apenas produzir matéria-prima para passar a fabricar o produto, no caso o chocolate, pronto para ser comercializado. Hoje, o Pará já tem 6 marcas próprias do doce e a perspectiva é de crescimento contínuo.

Xavier lembra que, em proveito à enorme variedade de peixes da região e à otimização da criação em cativeiro das espécies, esse é um ramo que provavelmente crescerá muito nos próximos anos. “Acreditamos que o Pará tem potencial para ser um dos maiores produtores de peixes do mundo”, confia. Ele avalia que o Pará tem muito potencial que ainda não foi explorado no agronegócio e que produtos como o dendê e o açaí ainda podem expandir muito com a modernização da plantação.

(Alice Martins Morais/Diário do Pará)

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