O massacre de 10 trabalhadores rurais durante uma ação policial ocorrida no dia 24 de maio deste ano, no município de Pau D'Arco, no sul do Pará,  marcou para sempre a região, assombrada pelas marcas da violência. Um mês após a chacina, antes mesmo da conclusão da investigação sobre o caso, grupos de trabalhadores decidiram enfrentar o medo e voltaram a montar acampamento na fazenda Santa Lúcia.

Segundo reportagem do UOL, os trabalhadores começaram a reocupar a fazenda há cerca de 10 dias. Entre eles, está Geodete Oliveira dos Santos, que perdeu sete familiares durante o massacre. Os trabalhadores afirmam que existe o medo de retaliações e ataques, mas que acreditam que a ocupação é retomar a luta por terra dos entes mortos.

Apensar do novo acampamento, muitas pessoas estão com medo de retornar ao local. Segundo a ONG Justiça Global, que acompanha o caso, 151 famílias estão registradas na associação de trabalhadores que reivindica as terras. Entretanto, muitas delas estão desistindo e deixando a lista. Pelo menos 15 sobreviventos da chacina vivem escondidos, com medo de serem intimidados ou sofrerem ataques.

No sábado (24), os familiares e amigos das vítimas realizaram um ato público em frente à sede da Polícia Federal em Redenção, onde pediram punição para os envolvidos e indenização aos familiares das vítimas.

(Com informações do UOL)

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