Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP identificaram a principal estrutura da placenta responsável pelo processo inflamatório causado pela malária durante a gestação, o receptor TLR4. Em contato com o parasita da doença (plasmódio), o TLR4 é ativado e provoca uma inflamação na placenta, que afeta o desenvolvimento do feto e pode levar ao aborto ou ao nascimento com baixo peso. 

Os resultados do estudo indicam que, no futuro, um medicamento que bloqueie a ação do TLR4 poderá ser usado no tratamento para reduzir os efeitos da malária na mãe e no feto. O estudo é descrito em artigo publicado na revista eletrônica Scientific Reports de 17 de agosto.Segundo o professor Cláudio Marinho, coordenador da pesquisa, “todos os anos, pelo menos 50 milhões de mulheres grávidas estão expostas à malária, o que representa um elevado risco de vida, quer para a mãe, quer para o feto em desenvolvimento”, aponta.

(Diário do Pará)

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