O anúncio feito ontem pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, de que a China aumentará o volume de compra de carne brasileira, inclusive com intenções de ampliar os frigoríficos brasileiros para atender a demanda, animou, e muito, os pecuaristas paraenses.

Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier lembra que o Pará possui o quarto maior rebanho do país e não sofre com entressafra, portanto, tem como oferecer um produto de maior qualidade. Ou seja, embora feliz com as possibilidades, ele não toma a retomada das relações com surpresa. “Abatemos o animal mais cedo por causa de nossas condições climáticas, então temos uma carne mais tenra, a melhor do Brasil. Não tenho dúvida de que essa decisão irá favorecer nossa economia, já que estamos falando da maior atividade econômica do Estado”, avalia.

Joel Lobato, do Sindicato Rural de Xinguara, recebeu a notícia como um acalanto, depois de uma maré de má sorte enfrentada pelo setor nos últimos meses - em especial, por causa de operações como ‘Carne Fria’ e ‘Carne Fraca’. “Não há dúvida de que isso é muito bom. Se não tivermos como escoar o excedente, o mercado interno não dá conta. E somado isso à crise financeira, o preço do boi, da carne, os preços despencam”, explica.

EXPANSÃO

Para Maurício Fraga Filho, da direção do Sindicato Rural de Marabá, vê na notícia possibilidades de crescimento para toda a região. “Com um mercado ‘deprimido’ por causa da crise, é fundamental termos mais um comprador, e logo a China. Sofremos com muitas crises nos últimos meses, então é importante ter opções para a gente concretizar nosso potencial de aumentar a produção”, alega.

(Carolina Menezes/Diário do Pará)

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