Os corredores do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo vão receber, nesta terça-feira (5), uma feirinha com produtos feitos por mães de crianças e jovens atendidos pelo hospital de Belém, para dar largada a uma iniciativa permanente que incentiva o empreendedorismo entre essas mulheres – o que consequentemente pode gerar renda e fortalecer os cuidados em oncologia necessários a essas famílias.

Oito mães comporão a mostra montada pela I Feira Canto Empreendedor do Hospital Oncológico Infantil. A venda de produtos dentro do próprio hospital é a concretização de um plano traçado ainda durante o I Workshop Empreender – Fortalecendo o Protagonismo das Mulheres, realizado em junho passado.

Durante o evento, concretizado numa parceria do hospital com a ONU Mulheres - entidade das Nações Unidas que promove a igualdade de gêneros e o empoderamento de mulheres -, foram sugeridas a realização de ações e a criação de oportunidades para que as mães dos usuários do atendimento em saúde do Oncológico pudessem fortalecer seus talentos e vender produtos.

A I Feira Canto do Empreendedor acontecerá na recepção principal do Hospital Oncológico Infantil, de 9h às 18h. Em oito estandes montados. As mães de pacientes venderão alimentos e artigos produzidos por elas mesmas.

Uma dessas mães é Lenilda Trindade Pinto, 32, mãe de um menino de seis anos. Em 2014, a família mudou-se de Parauapebas, no Sudeste do Pará, para que o filho pudesse iniciar tratamento contra o câncer em Belém. Desde 2015 o garoto faz parte das cerca de 700 crianças atendidos hoje pelo Oncológico.

Com Lenilda e seu filho, vieram também para a capital o pai e outros dois irmãos, de um e 14 anos. O serralheiro Fernando Vieira, de 27 anos, teve de fechar negócio próprio para se mudar para a capital e acompanhar o tratamento do filho. A mãe, que também já tinha o próprio sustento garantido pelo ramo da alimentação, também teve de fazer uma pausa após o diagnóstico. “Hoje meu marido vive de bicos e essa é uma chance muito boa de retomar meu negócio. Moramos perto do hospital e há uma grande clientela entre os próprios funcionários e outras famílias. Eu já vendia caldos, vatapá...”, conta Lemilda.

(Diário do Pará)

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