O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8), que engloba os estados do Pará e Amapá, foi reconhecido como um dos mais eficientes e produtivos do País por uma pesquisa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O resultado foi divulgado na segunda-feira (4) por meio do 13º Relatório Justiça em Números.

Os quatro tribunais que alcançaram o grau máximo de eficiência no estudo são da Justiça do Trabalho. Além do TRT8, foram reconhecidos ainda os tribunais da 3ª, 11ª e 13ª regiões, responsáveis, respectivamente, pelos Estados de Minas Gerais, Amazonas, e pela cidade de Campinas.

A pesquisa é baseada no Índice de Produtividade Comparada da Justiça (IPC-Jus), que resume dados recebidos pelo sistema. Ele analisa o número de processos julgados pelos tribunais em relação aos recursos disponíveis e suas despesas. Então, gera uma porcentagem para traduzir essa relação. No caso do TRT8, o resultado foi de 100% de eficiência. 

ORGULHO

“É motivo de muito orgulho e alegria”, comenta a desembargadora Suzy Koury, presidente do TRT8. “Mostra que conseguimos nos superar, apesar do quadro reduzido e da época difícil de cortes orçamentários no País. Isso me deixa muito satisfeita com todos os servidores e juízes do tribunal”, acrescenta. Segundo a presidente, o ano foi realmente desafiador para o órgão, que está com um déficit de 20 juízes e de 700 servidores, além das 47 vagas disponibilizadas por servidores aposentados que eles ainda não puderam preencher. “Significa que nós resolvemos muito mais processos do que poderíamos receber e só conseguimos esse resultado porque temos uma equipe comprometida e empenhada. É um esforço de todos e nossa meta é sempre melhorar”.

O desembargador Gabriel Velloso também destacou a dedicação dos magistrados e servidores. “É motivo de orgulho para todos nós, paraenses e amapaenses, ser um dos quatro melhores tribunais do Brasil”. 

Segundo ele, o período foi complicado por causa dos cortes de recursos, mas que o projeto de correção integrada que estava sendo implementado ajudou a alavancar os resultados. “Não só cobrávamos resultados, mas também levávamos uma equipe de psicólogos e administradores de apoio. Queríamos encarar os servidores não só como seres que geram números, mas como pessoas com necessidades, que precisam ser respeitadas”.

(Arthur Medeiros/Diário do Pará)

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