Desde que assumiu a Corregedoria Regional do Trabalho da 8ª Região, com jurisdição nos Estados do Pará e Amapá, o atual corregedor regional, Walter Paro, adotou novas práticas correcionais para dar dinamismo e objetividade nas correições. Com isso, o ato correcional passa a ser mais rápido e mais interativo, focado nos objetivos esperados de cada Vara do Trabalho no que diz respeito ao cumprimento das metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), além das metas do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8).

Para o corregedor, a correição continua tendo a missão de supervisão dos serviços de cada unidade, com seu caráter pedagógico e, principalmente, de apoio a estas. Walter Paro entende que são muitos os percalços que ultimamente a Justiça do Trabalho vem enfrentando, como a falta de recursos financeiros e de pessoal, agravado ao fato de que o tribunal possui um déficit de cerca de 700 servidores e de 13 juízes. 

“Não há como fechar o olhos para essa realidade. O excesso de trabalho e a não reposição de servidores que se aposentam geram claros prejuízos nas secretarias de varas, sobrecarga de trabalho e problemas de estresse aliados a transtornos mentais. Temos diversos juízes e servidores doentes, a Corregedoria e a nossa Coordenadoria de Saúde estão atentas na identificação e prevenção de casos”, afirma. O desembargador idealizou e demandou ao setor de informática do tribunal uma ferramenta correcional que torna a correição informatizada, restando apenas a análise dos dados que são fornecidos pelo E-gestão. 

PROBLEMAS

Para o corregedor, não há outro caminho senão extrair o máximo de recursos por esta nova via e utilizar esses recursos e ferramentas para auxiliar os gestores. “Todas as varas já podem acessar a ferramenta denominada Hórus, que possibilita a análise dos processos que tramitam nas varas, a identificação de eventuais problemas e a solução rápida. A ideia é permitir que os magistrados utilizem o máximo de tempo na atividade fim, que é a de fazer audiências, prolatar sentenças e proferir despachos, para melhor desempenharem esse mister e os servidores assumindo, igualmente, a condição de gestores”, declarou.

(Diário do Pará)

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