Na semana em que é celebrado o Dia de Finados, o vandalismo atinge o túmulo do médico paraense Camilo Salgado, que teve seu rosto de bronze roubado de dentro do cemitério Santa Izabel, no bairro do Guamá, em Belém.

O túmulo do famoso médico paraense foi feito em mármore e bronze, como homenagem da colônia portuguesa de Belém ao médico, que faleceu aos 64 anos, vítima de um infarto no dia 3 de março de 1938.

O local é sempre ornamentado por flores e deverá receber milhares de pessoas na próxima quinta-feira (2), por ocasião do dia dedicado aos finados.

Por ser considerado um santo popular, o túmulo do médico sempre recebe visita de devotos que acreditam que podem alcançar uma graça por sua intercessão. 

(Foto: Luiz Otávio Lucas / Diário do Pará)

Nascido em Belém no dia 22 de maio de 1874, Camilo Salgado fez faculdade de medicina nas cidades de Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ), além de realizar cursos na Europa, mas foi na sua cidade natal que executou grande trabalho como médico em hospitais como Beneficente Portuguesa e Santa Casa de Misericórdia.

Neto de Camilo Salgado, o médico Ubirajara Salgado diz que tomará providências sobre o caso. "Já foi feito o boletim de ocorrência sobre o caso e não tomam providência alguma. O túmulo dele (Camilo Salgado) é bastante visitado pelas pessoas para rezar e agradecer. É logo no inicio do cemitério e como ninguém viu isso? Primeiro levam as letras do túmulo e agora o busto", denuncia Ubirajara.

Em nota enviada ao portal DOL, a Secretaria Municipal de Urbanismo informa que, como de praxe nestes casos, providenciou o registro da ocorrência para que a polícia possa investigar e apurar o ocorrido. 

A nota informa ainda que a vigilância e segurança do cemitério é feita pela Guarda Municipal de Belém,que faz rondas periódicas durante o dia no local além do sistema de videomonitoramento que capta imagens 24 h através de uma câmera com angulação de 360°, nas áreas internas e externas do cemitério. As  imagens da ocorrência na sepultura do Camilo Salgado não foram captadas devido aos pontos cegos (onde não há filmagem, que no nosso caso são as árvores que atrapalham a câmera). 

(DOL)

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