No último sábado (9), a Federação Libanesa do Pará realizou mais um tradicional jantar que comemorou este ano os 74 anos da independência do Líbano. A festa reuniu, mais uma vez, membros da comunidade árabe e sírio-libanesa do Estado, e pessoas sem ascendência, mas que apreciam a cultura do Oriente Médio, e foi realizada no Monte Líbano. O Líbano tornou-se um país independente em 22 de novembro de 1943, após décadas de domínio francês. Para os libaneses, comemorar a Independência significa uma oportunidade de reflexão sobre o desenvolvimento do país e sobre o espírito de conciliação do povo. “Todos os libaneses chegaram aqui no Pará com quase nada, e essa terra nos acolheu, nos alimentou, nos formou, e é por isso que sempre vamos retribuir tudo isso a este povo”, comentou o presidente da Federação, Joel Bitar. Na ocasião, o ministro Helder foi homenageado com o troféu “Cedro de Ouro”, concedido pela Federação Libanesa do Estado. “Foi um dia de boas lembranças. Lembranças dos meus bisavós Felipe e Helena, que vieram do Líbano para o Pará, trabalharam duro no comércio e deram origem a uma linda família. Dessa família nasceu minha mãe, que carregou no sobrenome, Zahluth, e no sangue a herança libanesa”, relembrou o ministro em seu discurso. “Fiquei muito emocionado com a homenagem, que me faz sentir orgulho dessa herança. Parabéns e muito obrigado! Viva o Líbano! Viva o Brasil! Viva o Pará!”, concluiu Helder. “O cedro é uma árvore simbólica para os libaneses, porque é muito resistente, aguenta tempestades e fenômenos naturais e resiste, assim como o povo do Líbano”, explicou o presidente do Monte Líbano, Makram Said. O presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), deputado Márcio Miranda, o empresário Joseph Zouein e o presidente do Partido da República (PR), Anivaldo Vale, também foram homenageados.  O evento contou ainda com a presença dos deputados federais Elcione Barbalho, Joaquim Passarinho e Arnaldo Jordy; os deputados estaduais Iran Lima, Francisco Melo (Chicão), José Scaf e Luiz Sefer; os vereadores Joaquim Campos, Igor Normando e John Wayne; e os empresários Lutfala Bitar e Carlos Xerfan.HISTÓRIAOs laços Brasil-Líbano têm mais de 130 anos de história. A imigração libanesa no Brasil teve início oficialmente por volta de 1880, quatro anos após a visita do imperador D. Pedro II ao Líbano. Atualmente o Brasil possui a maior colônia libanesa do mundo, com 12 milhões de libaneses, e seus descendentes, que escolheram o Brasil como lar, superando até o número populacional do próprio Líbano, que conta atualmente com 4 milhões de pessoas. No Pará, os primeiro libaneses chegaram no fim do século XIX. Entre 1870 e 1914. Hoje, cerca de 400 mil libaneses e descendentes vivem no Estado.

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