Foi realizada nesta segunda-feira (15) a 1ª audiência de 2018 do processo que apura os crimes de peculato envolvendo 28 acusados, originado da chamada “Operação Perfuga”, conduzida pelo Ministério Público (MP/PA) e Polícia Civil do Estado do Pará.

A audiência, presidida pelo juiz Rômulo Nogueira de Brito da 2ª Vara Criminal de Santarém, foi realizada no salão do júri e deu continuidade à oitiva de testemunhas arroladas pelo MP/PA.

O processo tem como um dos réus o ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Santarém, Reginaldo Campos. Das 12 testemunhas apontadas pelo MP/PA, apenas três tinham sido ouvidas na última semana de funcionamento do Fórum, antes do recesso do Judiciário, e uma foi dispensada. Mais quatro testemunhas foram ouvidas nesta segunda-feira, sendo que uma foi dispensada e três devem ser substituídas a pedido do Ministério Público.

 Na terça-feira (16), o magistrado dará prosseguimento às oitivas das testemunhas de acusação, e em seguida serão convocadas as mais de 100 testemunhas indicadas pelos advogados dos réus, que só após esse ato, serão interrogados. Dos 28 réus, três permanecem presos desde agosto: o vereador Reginaldo Campos (que renunciou ao seu mandato antes de ser cassado) e dois assessores, sendo um deles advogado.

 A OPERAÇÃO

A Operação Perfuga, deflagrada no início do ano de 2017, apura diversas condutas ilícitas em várias fases, envolvendo o ex-presidente da Câmara Municipal, assessores e advogados, que teriam criado uma organização criminosa responsável por contratação de servidores fantasmas e apropriação de salários, esquemas de obtenção de leitos em hospitais em troca de votos, entre outros crimes.

 O nome da operação foi escolhido pelo MP/PA e em latim significa “o desertor”, no sentido de “aquele que abandona suas convicções, sua religião, seu compromisso ou a causa de que era defensor”, numa alusão ao vereador Reginaldo Campos, pastor evangélico e apontado como líder da organização criminosa.

(TJPA)

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