O Pará ocupa a quarta posição no ranking nacional, elaborado pelo Ministério da Saúde, que trata da incidência de hanseníase entre os estados brasileiros. Esse posicionamento coloca o Estado em alerta por ser considerada uma situação endêmica alta da doença. Com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce da enfermidade, o governo federal lança, amanhã, em Belém, a Campanha do Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase.

De acordo com a coordenadora estadual de Controle da Hanseníase, Rita Beltrão, os dados parciais de 2017 apontam uma taxa de detecção na população geral de 28,31 por 100 mil habitantes; e uma taxa de detecção em menores de 15 anos de idade de 8,82 por 100 mil habitantes.

“É importante lembrar que a taxa de detecção de casos novos na população geral vem caindo nos últimos anos, tendo passado de 92,30 por 100 mil habitantes, em 2004, para 29,93 em 2016”, observa Beltrão. Em relação à taxa de detecção precoce em menores de 15 anos, caiu de 30,60 casos por 100 mil habitantes em 2004 para 11,22 em 2016, ainda segundo a coordenadora. Atualmente, o Pará tem uma taxa de cura de hanseníase de 76,9% e uma taxa de abandono de tratamento de apenas 7,3%, de acordo com a Sespa.

COBERTURA

Médico dermatologista e assessor técnico do Programa Estadual de Controle da Hanseníase da Sespa, Carlos Cruz explica que o Pará foi escolhido pelo MS para sediar o evento por ter conseguido envolver todos os 144 municípios na campanha, que “possuem equipes treinadas para diagnosticar e tratar a doença. O tratamento é totalmente gratuito. A programação conta com palestras nas unidades de saúde, em escolas e com a realização de exames”, explica o especialista.

(Pryscila Soares/Diário do Pará)

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