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Moradores de Belém ainda sofrem efeitos dos alagamentos

Quatro cadeiras sustentam a geladeira de Maria Nelita Ramos, de 64 anos. O eletrodoméstico é um dos poucos objetos que restaram das enchentes provocadas pelas fortes chuvas em Belém. Dentro da casa de Nelita, é preciso andar com cuidado, pois a água ainda

Quatro cadeiras sustentam a geladeira de Maria Nelita Ramos, de 64 anos. O eletrodoméstico é um dos poucos objetos que restaram das enchentes provocadas pelas fortes chuvas em Belém. Dentro da casa de Nelita, é preciso andar com cuidado, pois a água ainda não secou totalmente desde a chuva intensa que durou mais de 30 horas no último fim de semana.

“Todo ano, nessa época, a gente passa por esse sofrimento. Já perdi sofá, colchão e armário. Não sei mais o que fazer”, lamenta a moradora da avenida Cipriano Santos, bairro de Canudos. No ano passado, Nelita mandou construir uma barreira de quase 30 centímetros na porta de entrada da casa, para tentar impedir a entrada da água. Mas não teve jeito.

Nas paredes dos cômodos, é possível ver as marcas do nível que a água atingiu com o temporal: pouco mais de 50 cm. “Penso em mudar daqui, mas quem vai querer comprar com essa situação?”, diz.

A dona de casa Edith Reis, de 63 anos, também lamenta. “A água deu na metade da canela. Estou toda dolorida de tanto tirar água de dentro de casa”, conta. Vizinha de Nelita, Edith afirma que também mandou levantar o piso da residência. “Nosso apelo é que ele [prefeito] tenha zelo por Belém”, pede, sem esconder a indignação com o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.

No cana da Vileta, o acúmulo de lixo piorou com as fortes chuvas e ausência de saneamento. (Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará)

CANAL DA VILETA

No Marco, ainda ontem pela manhã, a frente da casa da pescadora Nazaré Braga, 45, estava cercada pela água que transbordou do canal. Ela, que mora na Vileta, perto do canal que corta a via, relata como têm sido os dias chuvosos. “Horrível. Não dá para sair. Amanheço tirando água de dentro de casa. Infelizmente, o prefeito não olha para a gente”, reclama.

NO COMÉRCIO, CHEIAS AFASTARAM OS CLIENTES

No centro comercial de Belém, os comerciantes registraram queda nas vendas com os alagamento.

“Quem veio para o comércio ficou por aqui, mas quem vinha recuou. Assim foi na segunda-feira (5). O movimento foi fraco. Hoje [ontem] que deu uma melhorada. Mas, se chover tanto como nos outros dias, vai enfraquecer novamente as vendas”, detalha Luiz Carlos Moura, vendedor de loja de confecções na rua João Alfredo.

Com a proximidade do carnaval, Lúcia dos Santos, gerente de loja de variedades, na travessa 13 de Maio, apostava em um fim de semana intenso e com bons lucros. Porém, a chuva também atrapalhou. “Foi complicado, porque as pessoas que gostam de pesquisar, procurar e não puderam fazer isso”, diz.

Maria Nelita mandou fazer uma mureta para proteger a casa dos constantes alagamentos na avenida Cipriano Santos. (Foto: Fernando Araújo/Diário do Pará)

OUTRO LADO

Em nota, a Prefeitura de Belém informa que realiza obras de macrodrenagem e infraestrutura com o objetivo de acabar com alagamentos em diversos bairros da capital, junto com o Estado.

O texto cita ainda a maré alta registrada no sábado, aliada à chuva que durou o dia inteiro, para justificar os alagamentos.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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