José Conrado Santos, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), e um grupo de empresários de três Estados, com os familiares, foram assaltados no sábado passado, dia 12, por quatro homens que invadiram sua residência de praia no Ariramba, em Mosqueiro. Conrado disse ontem à coluna Repórter Diário, do jornal Diário do Pará, que decidiu colocar uma placa de venda na casa, embora saiba que a insegurança e o abandono administrativo na ilha vão dificultar a venda.

A quadrilha invadiu a casa depois do almoço, quando Conrado conversava com amigos da Bahia, Alagoas e Mato Grosso. Foi o terceiro assalto ao imóvel.

Os assaltantes chegaram às 14h30 e fizeram a limpa na casa, familiares e nos visitantes que estavam em Belém a negócios. Não aconteceu violência física, mas a psicológica é inevitável. Conrado já desistiu de levar convidados à ilha, muito demandada, ao lado de Alter do Chão, em Santarém, por seus amigos. “Seria irresponsabilidade minha se continuasse a usar a casa depois de três assaltos”, admitiu. Ele se juntou à legião de donos de imóveis em Mosqueiro obrigados a colocar o patrimônio à venda por causa da violência na ilha.

O empresário criticou o governo de Simão Jatene e a gestão de Zenaldo Coutinho na Prefeitura pela insegurança e inexistência de políticas públicas de proteção ao turismo. Ele observou que os policiais não estão aparelhados para enfrentar a criminalidade em Mosqueiro. “É uma vergonha”, disparou. A vila, segundo ele, é o retrato do abandono, sem luz nos postes e com o capim tomando conta das ruas. “E olha que existem duas secretarias de Turismo, a de Belém e a do Estado, que são ausentes. O ideal era só uma – que funcionasse”, lamentou.

(Diário do Pará)

MAIS ACESSADAS