Os índices de mortes de gestantes voltaram a subir em 2016 e já são preocupantes, segundo dados do Ministério da Saúde (MS) divulgados na última quinta-feira (26). Em 2015, o Brasil registrou 62 mortes por 100 mil nascidos vivos. Já em 2016, foram mais de 64 óbitos de gestantes por 100 mil.
Segundo Rossana Pulcineli Francisco, presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), “a grande maioria das mortes maternas poderia ser evitada, se tivéssemos condição para fazer o diagnóstico rápido, além de investimento na qualificação contínua de recursos humanos”.
A meta acordada pelo Brasil com a Organização Mundial de Saúde (OMS) era de 35 mortes por 100 mil nascidos vivos. O limite tido como aceitável é de 20 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos.
Em 2016, os índices se distanciaram. Em São Paulo, por exemplo, foram observadas 47 mortes para cada 100 mil nascidos vivos. A situação é ainda pior nos estados do Norte do Brasil, onde os óbitos aumentaram 11%. Amapá e Maranhã apresentam as taxas mais elevadas de mortalidade.
Para a presidente da SOGESP, as principais causas das mortes de gestantes são de hipertensão, hemorragia e infecção pós-parto, além da falta de infraestrutura para atendimento adequado destas mulheres.
O Ministério da Sáude alega que a falta de leitos obstétricos é o maior obstáculo para a queda no número de óbitos, mas ressalta que muitos dos leitos destinados às gestantes são ocupados por mulheres que fizeram abortos inseguros.
Segundo o MS, por ano, são 220 mil internações sendo esta, a terceira causa de mortes de gestantes.
(Com informações da assessoria)
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