Não importa se é inverno ou verão, o problema de alagamento é permanente na avenida Celso Malcher, uma das principais vias do bairro da Terra Firme, em Belém. Com intenso movimento de pessoas e veículos, essa via tem inúmeros pontos comerciais e concentra a feira do bairro. Quem trabalha, mora ou mesmo precisa passar por ali, enfrenta dificuldades.

O mecânico Marcos Vilhena, de 35 anos, sempre morou entre as passagens Vera Cruz e Nossa Senhora das Graças. Segundo ele, em dois anos precisou levantar a calçada da casa pelo menos 4 vezes devido aos constantes alagamentos que se agravam em tempos de chuvas. “Isso não era assim. Mas, desde que foi feita a ponte do Tucunduba, em 2016, infelizmente todas as ruas paralelas à Celso Malcher e os trechos mais baixos passaram a alagar”, afirma.

(Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

Além das poças d’água na porta da residência, a dona de casa Maria Fernandes, de 56 anos, diz que o problema só é amenizado pelos próprios moradores, que se reúnem para limpar os bueiros. “Porque se for depender da Prefeitura, só vem retirar entulho depois de insistir muito. E isso não é sempre”. Mesmo com a limpeza, quem mora na avenida convive com o mau cheiro da água parada das chuvas, que se mistura à sujeira dos bueiros. “Só não está pior porque o pessoal aqui da rua limpou na semana passada. Às vezes não dá para entrar em casa de tanta água aqui na porta”, reclama.

BURAQUEIRA

O alagamento na Celso Malcher também se concentra no trecho da feira do bairro. Ali, uma buraqueira se formou e condutores de veículos pequenos, motoqueiros, ciclistas e motoristas de ônibus precisam reduzir a velocidade para conseguir trafegar. Nos períodos de chuvas intensas, comerciantes amargam prejuízos com o afastamento dos clientes. “É um problema antigo que ninguém resolve. Deveriam ajeitar quando tem mais sol do que chuva. Mas não vemos isso”, diz Jorge Oliveira, de 60 anos, comerciante.

Sobre o problema na avenida Celso Malcher, a reportagem procurou pela Prefeitura de Belém, mas até o fechamento desta edição, não obteve retorno.

(Michelle Daniel/Diário do Pará)

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