Professores da Escola Estadual Fernando Ferrari, localizada no município de Marituba, Região Metropolitana de Belém (RMB), denunciam casos de coação e descontos indevidos na folha de pagamento por parte do diretor do estabelecimento. A Seduc é criticada como conivente à situação.

Segundo os professores, a situação iniciou após a paralisação estadual, ocorrida no dia 10 de agosto, para audiência pública da discussão da Nova Base Comum Curricular do ensino médio com a participação de várias escolas.

Contudo, o diretor da instituição intensificou o que eles chamam de perseguição que já acontece desde o mês de fevereiro.

"O fato é que esse diretor, Álvaro Maia, está perseguindo um grupo de professores que se posicionam contra ele desde quando ele afastou o presidente do Conselho Escolar, um professor, porque ele não aceita que ninguém, principalmente professor, interfira nas deliberações dele", explicou uma professora que faz parte da comissão que denuncia o caso.

O pedido de eleições para a escolha do diretor é vista como um dos motivos do comportamento do gestor na escola.

"A perseguição se  mantém porque a comunidade quer que seja realizada eleição direta para direção e ele está inviabilizando o processo. A postura dele de cooptar alguns servidores está criando um clima de desarmonia e até de desentendimento entre os colegas

REINCIDÊNCIA

De acordo com os professores, o diretor Álvaro Maia é reincidente nessa questão.

"Em 2013, na escola Eduardo Lauande, no bairro Che Guevara, Marituba, ele fez as mesmas coisas que está fazendo aqui", reiterou a docente.

Na avaliação dos trabalhadores, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) está pactuando com as falhas.

"Fizemos várias denúncias na ouvidoria e dia 30 de agosto foi aberta uma sindicância investigatória" A questão é que ele está fazendo uma sucessão de coisas erradas e arbitrárias e a Use/Seduc não desfazem", reclamaram.

DESCONTO

Em relação ao desconto, o protesto é baseado no fato que apenas alguns professores tiveram os descontos por causa da paralisação, o que na visão dos professores, deixa claro a perseguição. Ainda, alegam que esse desconto vai contra o que é estabelecido pela Secretaria.

"A orientação da seduc é que seja lançado no ponto dos professores o código FGR. Falta/Greve. Não é descontado até que o Sintepp negocie um dia para repor, entre as escolas e a Seduc. Nunca há desconto porque ocorrem as reposições", diz a categoria.

Sobre as questões, o DOL solicitou nota a Seduc e aguarda um posicionamento.

(DOL)

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