O conselheiro do Tribunal de Conta dos Municípios (TCM) do Pará Aloisio Chaves foi afastado do cargo e teve os bens bloqueados após a operação “Nibelungo”, da Polícia Federal (PF), autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e realizada na manhã desta terça-feira (23). As informações são da PF.

A operação tem o objetivo de desarticular grupo político que se beneficiava de fraudes na cobrança de royalties da exploração mineral pertencente a municípios. Cinco mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Superior Tribunal de Justiça (STJ).

As investigações apontam para a participação de Aloisio Chaves em contrato fraudulento firmado entre o município de Parauapebas, no Pará, e um dos escritórios de advocacia comandados pela quadrilha.

A “Nibelungo” desdobramento da “Operação Timóteo”, que prendeu o advogado Alberto Lima da Silva Jatene, o “Beto Jatene”, filho do governador Simão Jatene.

Duas viaturas da Polícia Federal estiveram no tribunal e somente próximo do final da manhã de hoje (23) que sete agentes federais saíram do prédio com vários documentos em mãos.

A Polícia Federal confirmou que houve R$ 2,8 mihões em transferências ilegais, entre os anos de 2013 e 2015, para elaborar um parecer que aprovou um contrato fraudulento entre a prefeitura de Parauapebas e a quadrilha investigada na operação.

No segundo semestre do ano passado, Beto realizou duas impressionantes movimentações de dinheiro que totalizaram R$ 13 milhões em pagamentos à BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A. O fato chamou a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), do Ministério da Fazenda.

Em fevereiro de 2017, Beto Jatene foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, porque teria recebido propina de uma quadrilha que desviava royalties da mineração. Em dezembro de 2016, ele chegou até a ser preso pela Operação Timóteo, que desarticulou essa quadrilha.

(DOL)

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