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11 mil empresas fecharam as portas no Pará em 4 anos

Os últimos anos do governo de Simão Jatene marcaram a derrocada de empresas que não suportaram a falta de investimentos e acabaram fechando as portas. De 2014 a 2017, 11.678 empresas deixaram de existir no Pará. Além destas, outras 4.785 grandes, médias e

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Os últimos anos do governo de Simão Jatene marcaram a derrocada de empresas que não suportaram a falta de investimentos e acabaram fechando as portas. De 2014 a 2017, 11.678 empresas deixaram de existir no Pará. Além destas, outras 4.785 grandes, médias e pequenas empresas também já fecharam de janeiro a outubro deste ano. Se incluir os microempreendedores individuais (MEI), de 2014 a 2017, o número de fechamentos passa de 55 mil, evidenciando a dificuldade que o empresário paraense tem de se manter no mercado.

Os dados são da Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa) que, no último levantamento contido no Banco de Dados do Registro Mercantil, mostra que houve falência de pessoas jurídicas em todos os municípios paraenses. Porém, o maior impacto está nas grandes cidades do Estado, onde a atuação empresarial é mais presente.

Considerando os dados parciais de 2014 a 2018, Belém lidera o ranking de empresas fechadas. Na capital paraense elas somam 4.112. Na sequência estão Marabá, Ananindeua, Santarém, Parauapebas, Castanhal e Altamira. Nestes municípios, pelo menos 5.298 estabelecimentos empresariais já não existem mais. Manter um negócio em tempos de crise e com pouco incentivo governamental não é pra todo mundo. Em meio a tanta instabilidade os empresários estão improvisando e usando a criatividade para semanter no mercado.

CONSTRUÇÃO

José Carlos Loureiro, 35 anos, tinha uma média empresa de construção civil. Mas, depois de 12 anos de atuação e 4 sem novas obras, a empresa teve as atividades encerradas em 2015. Ano passado ele abriu uma nova empresa, dessa vez de terceirização de serviços gerais. O negócio está se mantendo, mas com dificuldade, devido à concorrência e a efetivação de poucos contratos. “Tem que correr atrás todo dia, procurar novos contratantes senão vai quebrar também”, diz José.

DIFICULDADE

Quando o produto comercializado está entre os mais reajustados a dificuldade em manter o negócio torna-se maior. Marcelo Andrade, 45, é dono de uma revendedora de gás de cozinha e água mineral. Ele e a mulher dividem a administração da empresa. Mas, com a alta consecutiva do produto, as vendas reduziram em mais de 20%.

O jeito foi demitir dois dos cinco empregados que ele mantinha na pequena empresa e se tornar, ele mesmo, um entregador. Marcelo considera que, por vender produtos essenciais à população, deveria ter outro tratamento por parte do Governo. “Era pra ser mais facilitado pra gente, com preços diferenciados, por exemplo,” defende.

Deputado critica política de incentivos fiscais

Auditor fiscal e funcionário de carreira da Fazenda Estadual, o deputado estadual Iran Lima (MDB), critica a política de incentivos fiscais do Governo do Estado. Para ele, não existe uma política que regulamente esse tipo de incentivo. O governador Simão Jatene concede aquele que lhe agradar.

“A gente fica sem saber se o governador concedeu porque a proposta é boa para o Estado ou para ele”, analisa. No entendimento do parlamentar, os incentivos têm que ser dados aos segmentos e não a empresas. “Exemplo do desequilíbrio que isso causa é a situação da Copala, que quebrou ao perder o incentivo dado a Sinobras. Ambas produzem vergalhão de construção civil e geravam centenas de empregos indiretos. Mas se, no mesmo ramo, uma paga somente 10% de impostos do que a concorrente paga, a concorrente quebra”, explica Iran.

NÚMEROS

Municípios com maiores números de empresas fechadas - 2014 - 2018 (outubro)

Belém 4.112

Marabá 1.167

Ananindeua 1.107

Santarém 1.058

Parauapebas 893

Castanhal 572

Altamira 501

*Empresas sem MEI

(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)

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