Não é de hoje que os tratamentos alternativos para o câncer causam dúvidas e geram polêmicas. O debate floresceu após a morte do apresentador Marcelo Rezende, que após dois meses de quimioterapia, desistiu do tratamento no hospital para fazer uma dieta citogênica. A longo prazo, isso pode significar uma piora irreversível no quadro do paciente. Quanto mais cedo o tratamento começa, maiores são as chances de cura, então os tratamentos alternativos podem atrasar o início desse processo.

A oncologista Juliana Nicolau, do HSM, reitera que os tratamentos não-convencionais podem ser um complemento ao tratamento convencional, mas não podem ser o elemento central do processo de combate ao câncer. “É bastante comum em nossa região o uso de ervas, chás ou outras formas de tratamentos alternativos de doenças, incluindo o câncer. Algumas vezes esses tratamentos não são nem mesmo feitos de forma complementar, e sim em substituição a tratamentos convencionais, levantando a importância do debate sobre o risco de terapias oncológicas que não foram submetidas a estudos com o devido rigor e padrão científicos necessários ”, avalia ela, ao afirmar que os tratamentos tradicionais são mais eficazes.

E ela está certa: o estudo mais recente sobre o tema, da Escola de Medicina de Yale, dos Estados Unidos, mostra a disparidade entre os desfechos dos dois tratamentos. Os pesquisadores avaliaram 281 pessoas diagnosticadas com diversos tipos de câncer que optaram por tratamentos alternativos, como dietas específicas, preparo com ervas, sucos especiais, cristais de energia e afins. Depois, cruzaram a ação desses métodos com tratamentos realizados por 560 pacientes com as mesmas doenças e características físicas semelhantes, mas que aceitaram passar por quimioterapia, radioterapia ou cirurgia. Confira:

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