A Polícia Federal realizou na manhã desta quarta-feira (11) a operação canafístula, que cumpriu três mandados de busca e apreensão nas cidades de Paragominas e Belém, no Pará. O objetivo da operação era a investigação de fraudes no órgão ambiental do Estado do Maranhão realizadas por servidores públicos.
A investigação analisa a aprovação irregular de Planos de Manejo Florestais em empreendimentos rurais destinados à exploração de madeira. De acordo com a investigação, a prática estaria sendo usada para esconder a exploração ilegal de madeira em áreas de proteção federal.
O nome dos detidos em solo paraense não foram revelados.
No total o esquema de fraudes causou um prejuízo de R$ 33 milhões e a retirada de 148 mil metros cúbicos de madeira. Já foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão no Pará e no Maranhão com 32 interrogatórios.
"De acordo com laudos periciais e análise técnica, realizados em 15 planos de manejo de processos ambientais apreendidos na Secretaria Estadual do Meio Ambiente, foi possível observar dano ambiental de 148.258,90 m3 em toras de madeiras extraídas ilicitamente e que somente poderiam ser transportados em 4.235 caminhões. O prejuízo calculado apenas nesses projetos resulta no montante aproximado de R$ 33 milhões", informa a PF através do Portal da Polícia Federal.
INDICIAMENTO
Os responsáveis foram indiciados pelos crimes de falsificação de documento público, inserção de dados falsos em sistema de formação e associação criminosa, tipificados nos artigos 299, 313 e 288 do CPB, bem como pelos crimes ambientais previstos nos artigos 66, 67, 69-A e 50-A da Lei 9.605/98 e lavagem de dinheiro previsto no art. 1º da Lei 9.613/93.
CANAFÍSTULA - é uma espécie de árvore nativa da América do Sul, considerada uma árvore oportunista, que se beneficia de clareiras, sendo por este motivo muito utilizada em recuperação de áreas desmatadas.
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