Um policial militar está sendo acusado de atirar em um cachorro, crime ocorrido na Vila da Barca, no bairro do Telégrafo, em Belém. O fato ocorreu na noite de ontem (1º). 

A denúncia foi feita pelo abrigo Au Family. Segundo a publicação postada na rede social Instagram, o policial militar estava fazendo ronda de moto na Vila da Barca, quando o animal latiu, em seguida, sendo alvejado.

"Até quando a PM vai continuar matando animais? Queremos saber se a Polícia Militar vai arcar com os custos de internação e cirurgia do animal?”, questiona a postagem.

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O promotor de Justiça, Armando Brasil, disse que por se tratar de militar em serviço, irá requisitar abertura de inquérito policial militar para investigar o caso.

Em nota, a  Polícia Militar informou que o comando do Batalhão Águia, responsável pelo motopatrulhamento na capital, está realizando diligências tentando contactar os responsáveis pelo animal a fim de verificar se, de fato, o acusado é um policial militar. Caso confirmado, será instaurado o devido Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias e a autoria do disparo.

Ao DOL, a responsável pelo abrigo, Raquel Viana, lamentou o ocorrido. "Nos sentimos totalmente incapazes  de lutar contra o sistema. Tememos pelas nossas vidas, porque quando trazemos à tona o que esses policiais fazem, acabamos nos expondo e ficamos com receio de represálias".

Quanto ao animal, Raquel disse que "ele foi socorrido e levado para uma clínica veterinária, mas não pôde passar por cirurgia ontem devido ter perdido muito sangue".

PM mata cachorro na Pedreira

Em dezembro do ano passado, um policial militar também foi acusado como o responsável pelos disparos que matou um cachorro, no bairro da Pedreira, em Belém.

Segundo testemunhas, o PM chegou a perguntar para algumas pessoas no local se alguém era o dono (a) do animal. Ao responderem que não, sacou uma arma e deu dois disparos no cachorro que morreu na hora.

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O PM está respondendo por um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e de imediato foi afastado das atividades na corporação.

A responsável pelo abrigo, Raquel Viana, também denuncia a impunidade no caso do PM que matou o "Lobo", como o animal era chamado. "Está impune, ele foi lotado na Corregedoria, órgão que deverá  julgá-lo. Ele estando lá dentro não haverá imparcialidade, ou seja, não dará  em nada", lamentou.

Bala provocou diversas fraturas, segundo o abrigo que socorreu e está cuidando do animal. Foto: Reprodução

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