Um dos depoimentos mais aguardados relacionado à morte da jovem universitária Yasmin Cavaleiro de Macêdo, de 21 anos, era do médico legista Euler Cunha, que ocorreu na Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Pará no último dia 20 de dezembro.
Entretanto, o médico legista retornou à Divisão de Homicídios nesta quarta-feira (29) para prestar novo depoimento, após determinação da Polícia, alterando o rumo de investigação do caso.
O médico chegou ao local com um novo advogado, o criminalista Marco Antônio Pina, e falou sobre uma série de disparos de arma de fogo feitos durante o passeio de lancha em que Yasmin desapareceu e morreu.
A informação foi confirmada pelo advogado de Euler, que informou que o médico legista admitiu que estava armado na embarcação e que chegou a atirar. O advogado ainda reforçou que pelo menos outras duas pessoas estavam armadas na embarcação e que também efetuaram disparos.
A informação sobre a arma de fogo é uma novidade que havia sido omitida tanto por Euler quanto pelas outras testemunhas ouvidas sobre o caso. Marco Antônio Pina ainda afirmou que Euler apresentou uma nova versão sobre o ocorrido e entregou à polícia novos nomes relacionados ao caso, que deverão ser intimados.
A polícia ainda investiga se a lancha foi lavada após a noite da morte de Yasmin, o que poderia ter apagado vestígios de pólvora ou sangue da embarcação.
Este foi o segundo depoimento feito por Euler e durou cerca de 3 horas. Durante entrevista logo após o primeiro depoimento, o médico disse que conhecia a Yasmin de vista, já que era amiga de alguns amigos seus. Pelas amizades em comum, muitas vezes Euler e Yasmin estavam nos mesmos locais, porém garantiu que não tinha intimidade com a vítima. Nesta quarta-feira, ele admitiu que omitiu diversas informações, incluindo as armas de fogo.
O advogado Luís Araújo, que representa a família da Yasmin, acompanhou o depoimento e reforçou que ele foi muito importante, revelando novas informações, mas que não poderia dar detalhes do ocorrido para não prejudicar as investigações, além de precisar aguardar o laudo do Centro de Perícias Científicas sobre a causa da morte da jovem.
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AFASTAMENTO DO CPC
Os advogados da família de Yasmin solicitaram o afastamento das atividades profissionais do médico legista, Euler Cunha, na Divisão de Homicídios e devem, ainda hoje, protocolar o pedido no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC), tendo em vista que o médico faz parte do quadro de funcionários do CPC.
O advogado Luís Araújo, que representa a família da vítima, disse ainda que exames de alcoolemia, toxicológico, crimes sexuais e gravidez foram realizados pelo Centro de Perícias para auxiliar nas investigações.
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