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SOBRAM PERGUNTAS

Morte de Yasmin completa dois meses com muitos mistérios

A estudante e influenciadora foi encontrada morta após passeio de lancha com várias pessoas e a polícia tenta desvendar o caso, enquanto a população aguarda respostas sobre o que ocorreu no dia 12 de dezembro

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Imagem ilustrativa da notícia Morte de Yasmin completa dois meses com muitos mistérios camera Yasmin cursava medicina veterinária e tinha milhares de seguidores nas redes sociais | FOTO: REPRODUÇÃO

No próximo sábado (12) completará dois meses da morte da influenciadora digital e estudante universitária Yasmin Macedo. Um caso que ganhou repercussão internacional e que ainda não se tem uma resposta concreta sobre o que aconteceu naquela noite de 12 de dezembro de 2021, quando a jovem de 21 anos participava de um passeio de lancha pelo Furo do Maguari, em Belém, e desapareceu na água. O corpo foi encontrado na manhã seguinte por mergulhadores do Grupamento Fluvial, no fundo do rio.

Yasmin cursava Medicina Veterinária na Universidade Federal Rural da Amazônia. Segundo a família, era uma menina alegre e inteligente. Não ingeria bebidas alcoólicas. Sobram perguntas sobre o caso e todos aguardam o desfecho das investigações policiais. Será que a morte de Yasmin Macedo poderia ter sido evitada? Trata-se de uma fatalidade ou de um crime?

O fato é que várias versões já chegaram até a família, mas ninguém prova, até agora, o que é verdade e o que mentira em relação a tudo que vem sendo dito. Quem tem as respostas para tantas perguntas, são as pessoas que estavam na lancha junto com a Yasmin e que prestaram depoimentos à Polícia Civil – algumas na condição de testemunhas, outras como suspeitos.

A investigação sobre a morte da influencer começou no mesmo dia em que o corpo foi encontrado e passou por exames necroscópicos, de alcoolemia, toxicológicos e até de gravidez. Os laudos periciais são peças fundamentais das investigações, que ocorrem sob sigilo pela Divisão de Homicídios.

No dia seguinte após o corpo de Yasmin ter sido sepultado (em 13 de dezembro), a Polícia Civil começou a ouvir os depoimentos das pessoas que estavam no passeio de lancha. Uma perícia na embarcação também foi realizada e imagens de câmeras de segurança da marina de onde a embarcação partiu também foram analisadas.

DEPOIMENTOS

O médico legista Euler Cunha já prestou três depoimentos. O que já se sabe, inclusive foi dito várias vezes pelo advogado dele, Marco Antônio Pina, é que Euler estava armado e efetuou disparo para o alto em algum momento do dia.

Além dele, a polícia ouviu Lucas Magalhães, o piloto da lancha, que não tinha habilitação para conduzir a embarcação. Há quem diga que ele também estaria com uma arma de fogo e feito disparos. Até um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa dele. Lucas também negou que teria algum relacionamento com Yasmin, conforme anunciou a mãe da jovem, Eliene Fontes, em entrevista. Esta semana, a Polícia Civil encerra a fase de depoimentos e vai solicitar a reprodução simulada (como é chamada a reconstituição).

Especialista diz que caso é complexo

Para o sociólogo, advogado criminalista e especialista em segurança pública Henrique Sauma, as diligências seguem sob sigilo e que as análises feitas com o que se sabe sobre as versões dadas e informações que já foram publicadas sobre o inquérito podem mudar dependendo do resultado do caso. “É um caso complexo em que a polícia precisa montar um mosaico a partir das informações que vão sendo apuradas”, frisou.

“O que se tem de certo: Havia uma festa com muitas pessoas. Aparentemente viram ela consumindo bebida alcoólica. Se isto aconteceu o laudo deve apontar o teor de álcool no organismo. O laudo cadavérico será, neste sentido, a fala de Yasmin, que morreu e não tem como prestar depoimento sobre o que aconteceu”, enfatizou o advogado criminalista.

Henrique Sauma, sociólogo e advogado criminalista.
📷 Henrique Sauma, sociólogo e advogado criminalista. |Maycon Nunes

Sauma, que também é professor universitário, ressaltou que a história envolve várias pessoas e sempre que isso ocorre a quantidade de informações a serem apuradas é maior e demanda mais tempo para ser checado. “Toda vez que se tem um caso com mais de uma pessoa envolvida, haverá várias versões”, pontuou. “Todas essas informações de depoimentos, laudos periciais, vão apontar as contradições e a partir disso a polícia busca uma linha de investigação para se chegar mais próximo do que pode ter acontecido”, atentou o criminalista.

“Nós já sabemos que houve disparo de arma de fogo e, aí, precisa-se saber de quem eram as armas, quem disparou e se a pessoa tem porte de arma. Quem não tiver [o porte], em tese, já sofreria dupla responsabilização: uma pelo porte e outra pelo disparo”, explicou Henrique Sauma. “Outra coisa fundamental: Esses disparos teriam alguma relação com a morte de Yasmin? É preciso saber”, levantou ao comentar alguns pontos da investigação.

“Também o que já se foi divulgado com base em informações no laudo que a jovem faleceu por afogamento, porém o inquérito precisa responder de que forma isso aconteceu. Ela caiu? Se jogou? Foi empurrada? Se assustou com os tiros e caiu? Tudo será esclarecido”, disse.

PSICÓLOGO

O DIÁRIO procurou o psicólogo Paulo Monteiro para saber dele os fatores que podem contribuir para que o caso Yasmin Macedo chame tanto a atenção da sociedade. “As pessoas acreditam que casos da vida real se parecem com os vistos na mídia e, então, formulam mil teorias. Acreditam que conhecem todos os meandros de como o caso funciona e buscam rapidamente apontar quem é o responsável”, observou.

Para Monteiro, a busca por respostas sobre casos como o da influencer tem um limite, que se ultrapassado deixa de ser saudável e se torna prejudicial. “Quando passa a expor, de forma desnecessária, aspectos da vida da pessoa falecida, que criam estereótipos, nos quais antes mesmo da conclusão das diligências, já ocorre a sentença popular”, comentou.

O advogado Henrique Sauma diz que caso requer levantamento minucioso das autoridades policiais

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