Casos de violência contra animais domésticos e, principalmente, silvestres são constantemente registrados em zona urbana, mas muitos não reconhecem que o ato caracteriza punição para quem pratica o ato, seja o abuso, os maus-tratos, os ferimentos ou as mutilações provocados contra esses seres.
Na última sexta-feira (1º), por exemplo, mais um crime do gênero foi registrado: a Polícia Científica do Pará (PCEPA) atuou em um exame necroscópico realizado em uma cobra na Coordenadoria Regional de Castanhal, nordeste paraense.
Os exames atenderam a uma solicitação da delegacia da Polícia Civil para a aplicação da Lei 1.095/2019 que aumentou a punição para quem praticar a violência. O autor do crime, um homem, matou o réptil com um pedaço de pau em via pública no centro de Castanhal.
Perícia
O animal foi identificado como uma “jararaca-da-mata”, uma serpente venenosa, fêmea, adulta e que media 1,06 metro. “A necropsia constatou que o animal estava saudável, sem nenhuma doença e que a morte dele foi por politraumatismo, principalmente nas vértebras, esôfago e traqueias, em função dos ataques desferido pelo agressor”, explicou Gabrielle Cardoso, médica perita criminal responsável pelo caso.
“Esse laudo é a prova material que vai especificar, atestar que o animal foi morto. Esse laudo é um documento da maior importância que traz todas as informações que são altamente relevantes para responsabilizar o autor desse crime ambiental”, disse José Bezerra, delegado responsável pelo caso.
O que fazer nesses casos?
A perita pontua também que casos de violência contra animais silvestres, principalmente em zona urbana, ocorrem pelo fato de boa parte da população não reconhecer a prática como um crime previsto por lei.
“A população não sabe que isso é crime. Numa situação dessas, o correto é ligar para o Corpo de Bombeiros pedir ajuda e não matar o animal, a não ser que seja em legítima defesa”, complementa.
Nesse contexto, as demandas para a realização de perícia de crime contra a fauna seguem constante.
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