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"ACREDITE EM MIM"

Polícia chama atenção para abuso sexual cometido em família

Desde o início do ano, a DATA de Ananindeua já concretizou nove prisões, sendo duas delas em flagrante, pelo crime de estupro de vulnerável

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Imagem ilustrativa da notícia Polícia chama atenção para abuso sexual cometido em família camera Polícia reforça a importância de pais e responsáveis estarem atentos aos sinais de abuso | Pixabay

No ano passado, dados fornecidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com a Unicef, apontaram que cerca de 100 crianças e adolescentes de 14 anos são estupradas por dia no Brasil. Uma informação alarmante e que preocupa as autoridades de segurança e, principalmente, os pais e as mães dessas vítimas.

“O abuso infantil ocorre em uma relação intrafamiliar. Geralmente é um pai, um padrasto, um avô, um tio, um vizinho próximo, um padrinho. É alguém de extrema confiança da família que aproveita dessa relação para praticar o abuso”, explica a delegada e diretora da Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA), Joseangela Santos.

Operação "Acredite em Mim"

“Nós estamos com a operação ‘Acredite em Mim’ em curso para reforçar que a família acredite na sua criança, no que ela fala”, pontua Joseangela, que reforça: “Busque os órgãos de proteção, o Conselho Tutelar. Existem várias formas de fazer uma denúncia, mas, acima de tudo, acredite no que a criança fala para que ela alcance um órgão de proteção e tenha uma escuta especializada”.

Desde o início do ano, foram concretizadas nove prisões, sendo duas delas em flagrante, pela Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA) em Ananindeua, Região Metropolitana Belém (RMB), pelo crime de estupro de vulnerável.

Somente de registro de casos foram mais de 100. Desse total, 90 se tornaram inquérito policial pelo crime de estupro de vulnerável.

Nas últimas semanas, foram registrados vários casos de violência sexual contra a criança no Pará.

Informar para combater

A delegada orienta também como pais, mães ou responsáveis podem abordar o assunto com a criança, independente da faixa-etária, com o objetivo de estabelecer um ambiente seguro e de confiança, uma vez que a informação é a principal arma para inibir que o crime aconteça, seja dentro ou fora do seio familiar.

“É preciso falar para a criança que ela não deve permitir que as pessoas toquem em seu corpo, nominar as partes íntimas de forma correta. Na hora do banho, você pode explicar quem pode tocar, quem não pode. Dizer sobre o ‘segredo’ porque muitos abusadores pedem segredo, ressaltar que entre mãe ou um pai com um filho não existe esse ‘segredo’, ele pode confiar, dizer que ela [a criança] pode contar tudo para aquele responsável”, orienta a delegada.

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