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EM 2 ANOS

Trabalho de apreensão de drogas triplicou no Pará

Segundo a Segup, em 2019 foram três toneladas de entorpecentes apreendidos no trabalho policial, enquanto que, em 2021, esse número aumentou para nove toneladas, com destaque para a Polícia Militar

Imagem ilustrativa da notícia Trabalho de apreensão de drogas triplicou no Pará camera Trabalho policial intensificou repressão ao tráfico internacional de cocaína. | FOTO: Ascom Polícia Civil

A apreensão de drogas no Estado do Pará cresceu nos últimos anos. Levantamento da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) mostra que o total de entorpecentes apreendidos (cocaína e maconha) em 2019, correspondeu a 3 toneladas e 418 kg, volume que mais que triplicou no ano seguinte (2020), passando para 10 toneladas e 934 kg.

No ano passado, o trabalho das forças se manteve em evidência e resultou em 9 toneladas e 710 kg apreendidos, totalizando 24,062 toneladas de drogas encontradas nos 3 últimos anos. Já em 2022, até fevereiro, o total apreendido corresponde a 512 kg.

A Polícia Militar se destaca dentro desse contexto. Segundo estatísticas do Departamento-Geral de Operações (DGO) da instituição, entre os anos de 2019 e 2021 houve um expressivo aumento na apreensão de drogas, na ordem de 435%. Nesse período, foram apreendidos, somente pela corporação, 15 mil toneladas de entorpecentes, o que representa mais de 62% do total apreendido pelas forças de segurança em todo o Estado no período. Nos três primeiros meses deste ano, a Polícia Militar já soma 285 kg de drogas apreendidas no Estado.

Uálame Machado, secretário de segurança pública do Estado, deixa claro que o aumento na apreensão de drogas não significa aumento do tráfico, mas sim da repressão ao crime pela área de segurança pública. “O Brasil não produz cocaína, mas os principais países produtores como Bolívia, Peru e Colômbia fazem fronteira com o nosso país, e o Pará é um grande corredor de entrada de drogas no Brasil através de seus portos, que levam a droga para outros países, como Estados Unidos e Europa”, explica.

Entre os principais corredores de entrada de drogas no Pará está o corredor fluvial do Rio Amazonas e, por essa razão, a polícia paraense vem intensificando a ação de repressão nos rios da região. “Hoje temos quase 80 embarcações com equipamentos modernos que fazem o policiamento nos rios, sendo 3 delas blindadas, que são colocadas em pontos estratégicos para impedir que essa droga chegue ao seu destino”, diz o secretário.

"O Brasil não produz cocaína, mas os principais países produtores como Bolívia, Peru e Colômbia fazem fronteira com o nosso país, e o Pará é um grande corredor de entrada de drogas no Brasil através de seus portos, que levam a droga para outros países, como Estados Unidos e Europa”, diz Ualame Machado, secretário de Segurança Pública
📷 "O Brasil não produz cocaína, mas os principais países produtores como Bolívia, Peru e Colômbia fazem fronteira com o nosso país, e o Pará é um grande corredor de entrada de drogas no Brasil através de seus portos, que levam a droga para outros países, como Estados Unidos e Europa”, diz Ualame Machado, secretário de Segurança Pública |FOTO: DIVULGAÇÃO

INTELIGÊNCIA

Mas todo esse trabalho só é eficiente, diz Machado, se tiver como aliada a inteligência policial. “Só podemos combater de fato essa cadeia se desarticularmos diretamente o produtor e o transportador dessa droga. Por isso nossa estratégia precisa estar aliada à inteligência e novas tecnologias. Dentro dessa perspectiva estaremos instalando nos próximos dias a base fluvial de fiscalização Antônio Lemos no estreito de Breves”, antecipa.

O estreito é um ponto estratégico e ponto de passagem obrigatório de todas as embarcações vindas dos Estados do Amazonas, Amapá e de Santarém. “Até junho nossa ideia é colocar mais 15 lanhas em operação nos rios, chegando a perto de 100 embarcações. Mas nossa grande meta é colocar para funcionar mais 2 bases fluviais até o final do ano: a primeira em Óbidos e a segunda no corredor Barcarena Abaetetuba para cobrir o Rio Tocantins”, antecipa. As bases são estruturadas para abrigar até 7 órgãos do Estado de maneira integrada, 24 horas por dia, com uma lancha blindada e voadeiras para atuar na fiscalização.

Incineração de pés de maconha encontrados em municípios do nordeste paraense.
📷 Incineração de pés de maconha encontrados em municípios do nordeste paraense. |Divulgação

Cocaína é a droga mais apreendida no Estado

Em 2019, a Polícia Militar apreendeu 1 tonelada e 388 kg de drogas ilícitas em todo o Pará. Já no ano seguinte, o número subiu para 6 toneladas e 260 kg, com incremento de 350,95% em relação a 2019. Os números são ainda mais positivos em 2021, quando foram apreendidos pela corporação 7 toneladas e 432 kg de drogas, número 18,71% maior que o do ano anterior. A droga mais apreendida foi a cocaína, seguida da maconha.

“Nós tentamos minimizar o tráfico por meio de investimento e de inteligência, um trabalho mais direcionado, focado em pontos que podem gerar essa produção de droga”, explica o chefe do DGO da PM, coronel Pedro Paulo Celso em entrevista ao site da PM. Para ele, a participação da população tem sido fundamental. “Recebemos muita denúncia, seja pelo Whatsapp, pelo e-mail ou até mesmo pelo 181 (Disque-Denúncia)”, diz.

A apreensão de drogas no Pará foi bem maior se considerarmos que o entorpecente apreendido in natura, como no caso das plantações de cannabis sativa, a maconha, encontradas principalmente no Nordeste paraense. Entre 2020 e 2021, as maiores apreensões de droga in natura pela PM foram de 14 mil pés de maconha no município de Terra Alta, 12 mil em Tomé-Açu e 10 mil pés em Cachoeira do Piriá.

Para continuar avançando na quebra de novos recordes, a PM tem investido pesado em equipamentos, como a aquisição de viaturas, armamentos, lanchas blindadas e coletes balísticos modernos - além de cursos operacionais voltados para dotar a tropa de conhecimentos especializados.

O diretor de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da PM (DPCDH), coronel Elson Brito, reconhece que a corporação tem feito um trabalho repressivo de qualidade, mas complementa que prevenir é crucial. “As drogas são matéria-prima da violência e da criminalidade, principalmente nas áreas de grande vulnerabilidade social. Mas atuamos na base, buscando cortar esse circuito”, explica o oficial, que também é sociólogo.

O enfrentamento ao tráfico de drogas, repressivo ou preventivo, tem um objetivo único: combater a circulação e o consumo dessas substâncias, principalmente pela população jovem. “Bater recorde na apreensão de drogas significa a diminuição da violência”, explica o chefe do Departamento-Geral de Operações da PM,coronel Pedro.

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