Uma semana depois da operação que matou 23 pessoas, dentre as quais estão quatro homens naturais do Pará homens e acusados de tráfico de drogas , na Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o uso de microcâmeras nos uniformes de agentes voltou ao rol das cobranças por parte de entidades ligadas aos direitos humanos. 

A medida consta no plano para reduzir a letalidade policial, elaborado pelo governo do estado e apresentado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da Arguição de descumprimento de preceito fundamental das Favelas. 

Depois de um atraso de duas semanas por problemas técnicos atribuídos à empresa L8 Group, que detém a tecnologia do sistema, agentes de nove unidades da Polícia Militar começarão a utilizar os equipamentos na próxima segunda-feira (30). No entanto, os integrantes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), responsável pela operação da última semana, serão os últimos a serem contemplados.

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Segundo o secretário de Estado de Polícia Militar do Rio, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, inicialmente, farão uso do equipamento os agentes de patrulhamento nas ruas. O contrato com a empresa prevê que todos os 39 batalhões do estado e duas companhias independentes (a do Palácio Guanabara e a de Paraty) disponibilizarão as microcâmeras até o fim deste semestre, no caso, no mês que vem. Os demais receberão o material ao longo deste ano.

 “A câmera corporal não é para punir o policial, mas sim, protegê-lo. É fato que o equipamento irá mudar a postura dos policiais e da própria população. O agente que trabalha de forma correta será protegido, porque suas ações serão monitoradas, gravadas. As filmagens também darão à corregedoria da corporação a possibilidade de usar as imagens para apurar desvios de conduta” informou o secretário.

Foto: Divulgalção/ Governo do RJ

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