A modelo Priscila Trindade relatou em seu perfil no Instagram, na tarde desta quarta-feira (3), o caso de estupro cometido pelo influenciador digital e modelo Bruno Krupp, que está preso sob custódia no Hospital Marcos Moraes, no Méier, na Zona Norte, por ter atropelado e matado um adolescente de 16 anos na Barra da Tijuca.
De acordo com a modelo, o caso aconteceu há seis anos. Após o abuso, Priscila informou que, à época, foi desencorajada a contar o que aconteceu e que, além do estupro, Bruno tentou filmá-la.
"Eu o conheci em uma roda de amigos, flertamos e, depois de alguns flertes, aceitei ir até a casa dele em Niterói para irmos a uma festa. Cheguei na festa e curti com algumas amigas minhas que chegaram lá", explicou Priscila, relatando que Bruno a teria deixado na festa pois iria mais tarde.
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Cansada, a modelo teria pedido para voltar para casa. Priscila teria aceitado dormir na casa de Bruno, pois morava no Rio. Krupp teria deixado a modelo em sua casa e voltado para a festa, retornando definitivamente para casa depois.
"Ele chegou bêbado às seis da manhã e me pegou à força. Falei várias vezes para ele parar e ele literalmente me forçou. Forçou mesmo. Depois de muito relutar, cedi e foi horrível. Era muito constrangedor porque, se eu gritasse, iria acordar a casa inteira e não tive coragem de ter uma atitude mais drástica. Fiquei chateada, mas ele falava tanta coisa idiota que eu só pensava em ir embora", disse a modelo.
Priscila disse ter sido encorajada após descobrir que já havia uma denúncia de estupro contra o influenciador registrado na Delegacia da Mulher (Deam), de Jacarepaguá. Ela ainda encorajou outras possíveis vítimas a contar suas histórias.
"Se eu soubesse que já havia denúncia contra ele, eu teria feito com certeza! Foi em julho (a denúncia). A realidade é que denunciar na delegacia ajuda, mas a exposição por aqui me parece ter uma potência maior. Eu tenho certeza de que deve ter acontecido com muitas outras mulheres. Se aconteceu comigo há anos atrás e até esse ano ele ainda estava fazendo a mesma coisa, é porque era um padrão dele", afirmou.
"Após ouvir dele que ele estava tentando mudar (em outros aspectos da vida dele, porque ele fazia escolhas erradas, tinha vários conflitos com pessoas, etc...) eu desejei o melhor para ele e quando o encontrava o cumprimentava por educação. Anos depois conversei com pessoas que me mostraram ser um absurdo eu 'relevar' o que aconteceu. Descobri que ele fez coisas piores e eu fiquei bem mal, mas mesmo assim, nada fiz", completou Priscila.
Em julho deste ano, uma mulher de 21 anos registrou uma queixa de estupro contra Bruno na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá. Em depoimento, ela afirmou estar na casa de Krupp quando os dois tiveram uma relação sem consentimento. A jovem relatou ainda que, apesar de ter consumido bebida alcoólica, não estava vulnerável e pediu para que Bruno parasse com o ato sexual, o que não foi feito. De acordo com a ocorrência, a mulher foi encaminhada para o IML. Krupp nega as acusações.
Em abril de 2021 foi registrada na 15ª DP (Gávea) uma acusação de estelionato contra Bruno. Em depoimento, a gerente do Hotel Nacional afirmou que ele oferecia diárias mais baratas do que no site do estabelecimento e, para que a compra fosse efetuada, os clientes deveriam transferir o dinheiro para uma conta divulgada pelo modelo. Krupp então realizava o pagamento das reservas com cartões clonados. Ainda segundo a gerente do local, o prejuízo foi estimado em R$ 428 mil e Bruno teria conseguido sair do hotel antes que a fraude fosse detectada.
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