Com a internet cada vez mais acessível na palma da mão, os brasileiros passaram a fazer uso dos smartphones para inúmeras funções em seu dia a dia. De olho nessa praticidade, criminosos encontram diversos jeitos de burlar a segurança dos aparelhos, contas e perfis em redes sociais para aplicar golpes e lesar os internautas.
Porém, o período de ganho fácil com crimes parece ter terminado para uma dupla. Nesta terça-feira (8), equipes da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Pará (DECC), por meio da Divisão de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais Praticados por Meios Cibernéticos (DCEP), deflagrou a operação “Papel Fantasma”, que deu cumprimento a mandados busca e apreensão e prisão preventiva no distrito de Mosqueiro, em Belém.
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O trabalho policial investiga a ação de criminosos que estariam invadindo contas de clientes de uma plataforma de comércio eletrônico pela internet. O grupo roubava dados de cartões de crédito de usuários do site e realizavam compras de produtos eletrônicos de valores elevados.
Após as compras, os endereços para as entregas dos produtos eram alterados para uma vila localizada próxima à praia do Chapéu Virado, em Mosqueiro.
As investigações apontam que os hackers utilizam técnicas de invasão para conseguirem entrar no sistema da empresa e inseriam nomes e endereços falsos para a compra de produtos com os cartões das vítimas.
Os endereços cadastrados pelos criminosos eram errados, confusos ou incompletos, propositalmente para dificultar a real localização do grupo. Após não encontrar o endereço, a empresa de entrega era obrigada a entrar em contato telefônico com os criminosos, que informavam o local onde os produtos seriam entregues.
Durante a operação, um homem e uma mulher foram presos. Eles são acusados de receberem os produtos comprados de forma ilegal e revenderem por altos valores, que eram distribuídos entre os integrantes da organização criminosa.
As equipes policiais também apreenderam diversos produtos, incluindo um drone, avaliado em mais de R$ 50 mil, diversos celulares, notebooks, uma CPU com arquivos contendo os dados dos cartões de crédito das vítimas, além de quantias de dinheiro em espécie.
Após os procedimentos cabíveis, os dois presos foram encaminhados à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), onde vão ficar à disposição do Poder Judiciário. Ambos vão responder pelos crimes de fraude virtual e invasão de dispositivo informático.
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