Um grupo investigado por cometer fraudes bancárias no município de Marabá, no sudeste paraense, foi alvo de uma operação realizada pela Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Pará (Deccc), na última terça-feira, (06). As equipes cumpriram mandados de busca e apreensão e prisão preventiva. Ao todo, cinco pessoas foram presas.
Segundo o delegado Luiz Guilherme, da Divisão de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais Praticados Por Meio Cibernéticos (Dccepc), que conduziu a operação “Fake Centralis”, as investigações iniciaram após usuários do Banco do Estado do Pará (Banpará) procurarem a Delegacia de Polícia Civil e comunicarem que haviam sido vítimas de falsos empréstimos. A quadrilha agia realizando ligações para vítimas, correntistas do Banpará, simulando serem funcionários do banco.
“Por meio do trabalho investigativo da Polícia Civil foi possível identificar que os investigados agiram por meio da engenharia social, que é um método utilizado pelos criminosos para se obter informações confidenciais de acesso a sistemas restritos a usuários autorizados. Eles conseguiam senhas dos aplicativos bancários e utilizavam links maliciosos (falsos) para que as vítimas espelhassem os dados bancários. Desta forma, os criminosos realizavam empréstimos de altos valores e finalmente faziam as transferências bancárias para os beneficiários intermediários e finais”, contou o delegado.
Durante as diligências que apuram os crimes de furto mediante fraude eletrônica, previstos nos artigos 155, §4º e 288 do Código Penal Brasileiro (CPB), foram realizadas oito buscas e apreensões domiciliares e cinco prisões temporárias.
Resultados – Para Vanessa Lee, delegada titular da Deccc, a produtividade das operações e a efetividade nos cumprimentos das ordens judiciais são reflexos do compromisso da Polícia Civil com a sociedade e qualificação contínua. “Quando uma pessoa que foi vítima de algum crime procura a Delegacia para pedir ajuda, de imediato procuramos os meios mais acessíveis para tentar solucionar o dano, localizar e responsabilizar criminalmente os autores. Nossas equipes estão preparadas para atuarem em defesa do cidadão paraense”, frisou a delegada.
Trabalho integrado – Uma equipe do Núcleo de Apoio à Investigação de Marabá (NAI) deu apoio durante as localizações dos alvos e buscas.
O delegado-geral Walter Resende de Almeida destacou a importância do trabalho realizado. “Nossas equipes estão cada vez mais preparadas para atuar em qualquer tipo de crime que venha a provocar danos e prejuízos à população. A Polícia Civil seguirá vigilante para enfrentar crimes virtuais e responsabilizar aqueles que venham a praticar qualquer tipo de ato ilícito.” destacou.
As diligências continuam para reunir elementos que deem maior embasamento ao inquérito que apura o caso. Os presos, após os procedimentos cabíveis, foram encaminhados ao sistema prisional, onde ficarão à disposição da Justiça para providências posteriores.
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