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FALSA AMIZADE

Funcionários são presos por assassinato de empresária em SP

Investigação aponta que a vítima, que era dona de uma adega e fazia empréstimos a terceiros, descobriu que estaria sendo roubada por uma amiga e por um motorista. Dupla era encarregada de fazer as cobranças.

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Imagem ilustrativa da notícia Funcionários são presos por assassinato de empresária em SP camera Thais Rocha foi encontrada morta a facadas em seu carro, na última sexta-feira (3), em São Paulo. | Reprodução/Instagram/Record TV

A Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária de duas pessoas suspeitas de participar da morte da empresária Thais Rocha Secundino, 28. O corpo da mulher foi encontrado dentro do carro dela, um Jeep Renegade, na tarde da última sexta (3).

O veículo estava estacionado na avenida Arquiteto Vilanova Artigas, em Sapopemba, zona leste de São Paulo. Ela foi morta a facadas.

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A principal linha de investigação é a de que a morte ocorreu por questões financeiras. A vítima era dona de uma adega na avenida São João, no centro de São Paulo. Segundo informações do boletim de ocorrência, ela também atuava como agiota e, por causa disso, estaria recebendo ameaças de morte.

Os presos são uma mulher de 31 anos, funcionária da empresária que seria responsável pela cobrança dos empréstimos, e um taxista de 45 anos, que fazia o transporte da colaboradora até os devedores.

Na noite de sexta, quando os policiais chegaram ao local do crime, Thais estava sentada no banco do passageiro. Ela tinha ferimentos em diversas partes do corpo, inclusive no pescoço. A perícia contou 11 perfurações nas costas, o que indica que ela possivelmente foi morta em outro local, já que não existiam marcas no banco, nem sangue suficiente para indicar que o crime tivesse ocorrido dentro do automóvel.

Dentro do carro, os investigadores encontraram uma agenda com anotações financeiras. Não foram localizados pertences da vítima, como bolsa ou telefone celular.

ÁUDIO CONFIRMA SUSPEITA DE DESFALQUE

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, pouco antes de ser encontrada morta, Thais encaminhou um áudio para seu companheiro relatando ter descoberto um roubo por parte da funcionária, que já não aparecia para trabalhar havia alguns dias.

Empresária emviou mensagem ao companheiro informando que estaria se dirigindo à casa da funcionária suspeita de roubo.
📷 Empresária emviou mensagem ao companheiro informando que estaria se dirigindo à casa da funcionária suspeita de roubo. |Reprodução/Instagram

Naquele momento, a vítima estaria a caminho da casa da funcionária, localizada na Vila Ema, também na zona leste. Thais havia descoberto o endereço após colocar um homem para investigar o paradeiro da funcionária. Após o áudio, o companheiro não conseguiu mais contato com a empresária.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, Thais e a funcionária se conheceram em uma boate em que trabalharam juntas. Como funcionária de Thais, segundo relato de uma testemunha, a mulher recebia entre R$ 10 mil e R$ 12 mil semanais para fazer as cobranças.

AMIGA E MOTORISTA NEGAM PARTICIPAÇÃO

A funcionária e o taxista estiveram no local em que o corpo foi encontrado, mas disseram não ter presenciado o crime. À polícia, a funcionária disse que Thais iria ao seu encontro para oferecer ajuda, uma vez que havia sido vítima de um roubo no dia anterior. A polícia informou, no entanto, que não tem registros sobre esse fato.

Durante as primeiras apurações, a Polícia Civil encontrou um boletim de ocorrência aberto por Thais contra um ex-companheiro. O homem, que está preso, teria feito ameaças de morte contra a mulher. O caso foi registrado na delegacia de Riolândia, no interior de São Paulo.

Conforme os registros, o homem possui passagens pelos crimes de roubo, receptação e tráfico de drogas. A polícia agora investiga se ele pode ter participação na morte de Thais.

As investigações apontam que Thais teria sido assassinada por um suposto desvio de dinheiro da adega de bebidas da qual era proprietária.
📷 As investigações apontam que Thais teria sido assassinada por um suposto desvio de dinheiro da adega de bebidas da qual era proprietária. |Reprodução/Instagram
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