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AMEAÇADOS POR 17 HORAS

Reféns foram obrigados a pôr fezes na boca durante sequestro

Relatos de parentes das vítimas expõem o pânico e a violência sofrida durante as 17 horas do sequestro de Ana Júlia e seus três filhos, na Avenida Augusto Montenegro.

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Imagem ilustrativa da notícia Reféns foram obrigados a pôr fezes na boca durante sequestro camera Yan Carlos Barroso defecou e passou as fezes na boca de mulher e dos três filhos dela durante sequestro em Belém | Reprodução

O sequestro que durou 17 horas em um carro de transporte por aplicativo parado em uma das vias mais movimentadas de Belém terminou com a liberação de todos os reféns em segurança e detenção do sequestrador com vida.

No entanto, o trauma psicológico nas vítimas da ação criminosa de Yan Carlos Barroso, de 27 anos, o qual estaria em surto psicótico no momento do sequestro, vai permanecer por muito tempo.

Veja também:

ASSALTO COM REFÉNS: mulher estava desidratada e abalada

Sequestrador tem passagem por desacato e roubo

Em depoimentos à imprensa após o fim dos momentos de angústia, parentes de Ana Júlia Souza, de 26 anos, disseram o que a jovem relatou a eles depois de ter sido libertada do sequestro.

Um dos relatos mais chocantes da mulher, que estava acompanhada de seus três filhos menores de idade no momento em que tudo ocorreu, diz respeito às ordens de Yan para ela e às crianças.

Ela contou aos familiares que o sequestrador forçava que as crianças o chamassem de "tio" a todo instante. Em outro instante de maior tensão, ele teria ameaçado esfaquear um dos menores. A mãe, em um ímpeto de proteção aos filhos, acabou colocando a mão na frente da faca, sendo atingida pela facada.

Porém, a declaração mais impressionante foi a de que Yan Carlos colocou as próprias fezes na boca da mãe e de seus filhos. O sequestrador teria defecado no interior do carro e coletado os excrementos com a mão para colocar na boca dos reféns.

Esta, inclusive, era uma das maiores preocupações da mulher após ter sido salva e encaminhada para atendimento médico. Ana Júlia, a todo momento, procurava saber sobre o estado de saúde dos filhos de 12, 7 e 3 anos de idade.

Ela foi liberada da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Marambaia pouco mais de uma hora após dar entrada no local. Ali, ela foi medicada, avaliada e recebeu os primeiros socorros. Segundo os médicos, ela estava extremamente abalada e desidratada. Em seguida, Ana Júlia foi conduzida em uma viatura da Polícia Militar para prestar depoimento sobre o ocorrido.

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