A paraense Laila Vitória Rocha de Oliveira, de 21 anos, morava na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, há dois meses.
A jovem, natural de Parauapebas, sudeste do Pará, havia se mudado após conhecer um homem pela internet, com quem manteve um breve relacionamento.
No último sábado (25), Laila foi assassinada no bairro do Lemi, em Porto Alegre. As especulações iniciais apontavam que ela teria sido assassinada em um suposto ritual satânico.
Segundo as investigações da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o ex-companheiro de Laila, identificado como André Ávila, é o principal suspeito de ter cometido o crime. A jovem chegou a contar para a mãe que era constantemente agredida por André e queria voltar ao Pará.
Entenda
Na ocasião, a Polícia foi acionada pelos vizinhos do casal que ouviram disparos de arma de fogo na casa de André. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram o corpo de Laila carbonizado dentro de uma espécie de tambor que ainda estava em chamas.
Após ser retirado do local, outras lesões teriam sido encontradas em diferentes parte do corpo da paraense, entre elas, duas grandes perfurações, feitas por uma arma branca.
Nas redes sociais, André Ávila se identifica como representante de rituais de bruxaria. Na casa onde Laila chegou a residir com ele, imagens de figuras consideradas satânicas estão espalhadas por todos os cantos e chamam atenção.
Feminicídio
A maneira como o crime foi praticado e como o local foi encontrado foram suficientes para a PC descartar vínculos do delito com rituais satânicos, apesar do acusado se valer da criação de estátuas, divindades e até mesmo de uma religião própria, onde acumula diversos seguidores.
A delegada Cristiane Ramos, da Delegacia da Mulher do Rio Grande do Sul, afirma que, dada a hipótese descartada, a polícia está tratando o caso como feminicídio clássico, que teria ocorrido em razão de uma briga.
Antecedentes e agressividade
Segundo informações da PC, testemunhas apontam que o homem já havia falado que mataria a jovem por não aguentar mais o comportamento de Laila, conforme tentou justificar o crime.
Ainda segundo as testemunhas, o homem era considerado agressivo e possui antecedentes no RS por homicídio, motivo pelo qual o acusado usava tornozeleira eletrônica, e por ter atentado contra a vida de policiais militares.
A delegada ainda afirma que o homem faz uso de medicações controladas e uso excessivo de bebida alcoólica, o que o torna extremamente agressivo segundo a própria família, que tinha medo da agressividade apresentada pelo acusado.
No momento do crime, o homem recorreu ao fato de ser maior que a vítima e de possuir a coleção de espadas, utilizando uma arma branca para perfurar o tórax da jovem.
A carbonização do corpo de Laila na própria lareira da residência teria sido uma tentativa de esconder o crime e eliminar vestígios.
Veja o vídeo completo da delegada na reportagem da RBA TV:
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