A Polícia Rodoviária Federal (PRF) já realizou este ano, até o último dia 15 de novembro, a apreensão de 1,8 tonelada de entorpecentes nas estradas federais que passam pelo Estado do Pará, sendo 554 quilos de cocaína, 1,1 tonelada de maconha, 11 de “skunk” e 101 quilos de “crack”, além de 3.891 unidades de anfetaminas e 89 unidades de ecstasy. De acordo com levantamentos da corporação, as apreensões representam um prejuízo estimado de R$ 102 milhões para o crime organizado.
Faltando pouco mais de 40 dias para o encerramento do ano, os dados mostram que houve uma redução na apreensão de cocaína este ano no Pará em relação ao ano passado (1,7 tonelada em 2022 contra 554 kg este ano) na ordem de 68%. No que se refere à maconha, as apreensões foram maiores este ano (1.134 kg) em relação ao ano passado (656 kg) na ordem de 72,9%.
As apreensões de “skunk” em 2022 também foram menores na ordem de 90,8%: foram 120 quilos da droga apreendidos ano passado contra apenas 11 quilos apreendidos nos 11 primeiros meses deste ano. Com o “crack” a situação é inversa: foram apenas 23 kg apreendidos em 2022, contra 101 kg já apreendidos este ano, o que representa um crescimento de 339%. O prejuízo para o crime organizado ano passado foi mais de três vezes maior, alcançando R$ 314 milhões de acordo com o cálculo da corporação.
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A última grande apreensão da PRF ocorreu na tarde da última terça-feira (14), na BR-316, à altura de Castanhal, quando foram interceptados 10 kg de cocaína que estavam sendo transportados dentro do compartimento de bagagens de um ônibus. Por volta das 16h, durante ações de combate ao crime e fiscalização de veículos de transporte de passageiros, uma equipe da PRF abordou um ônibus que saiu do estado do Ceará.
Questionado sobre a origem e destino do veículo, o motorista informou que o ônibus é um cargueiro que traz confecção do estado do Ceará e que aproveita a viagem de retorno para realizar frete de mercadorias variadas. Ao fiscalizar o veículo, os policiais encontraram 10 tabletes contendo uma substância análoga à cocaína no compartimento de bagagens, totalizando 10 kg. Estima-se que essa apreensão causou um prejuízo de aproximadamente 1,8 milhões de reais para o crime organizado. O motorista e 4 passageiros foram encaminhados à Polícia Civil de Castanhal para prestarem esclarecimentos.
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Um dia antes, na noite da última segunda-feira (13), uma equipe de policiais rodoviários fez outra apreensão na altura do km 54 da rodovia BR 316, também em Castanhal. Por volta das 19h, foi dada ordem de parada a um motorista de veículo que a desobedeceu e fugiu, sendo alcançado um km a frente pelos policiais.
Durante fiscalização do veículo, foram encontrados 13 tabletes contendo uma substância análoga a pasta base de cocaína. Em seguida os policiais encontraram na traseira do veículo mais 27 tabletes, totalizando 40. Questionado, o condutor afirmou que receberia uma quantia em dinheiro para levar o material de Marituba para Castanhal. O condutor e a droga apreendida foram levados até a sede da Polícia Federal em Belém, sendo que o primeiro foi autuado pelo crime de tráfico de drogas.
A PRF no Pará é composta por 5 delegacias e 10 unidades operacionais, distribuídas estrategicamente, em cerca de 5 mil quilômetros que compõem as 10 rodovias federais do Estado: BR-155, 158, 222, 308, 316, 422, 163, 230, 235, 010, 010 e 153.
As drogas apreendidas são encaminhadas para a polícia judiciária (civil ou federal) que assume a responsabilidade da instauração do inquérito policial para conduzir as investigações. A origem dessas substâncias ilícitas são principalmente a Colômbia, Peru e Bolívia, no caso da cocaína.
“A maioria da maconha apreendida vem da Colômbia e entra no Pará através do estado do Amazonas. Em proporções mais modestas, apreendemos também maconha cuja origem é o Paraguai”, detalha o PRF Salim Junes, chefe do Núcleo de Comunicação Social da PRF no Pará.
O destino final das drogas está diretamente ligado ao desenrolar dos processos judiciais. “Dependendo das decisões judiciais e das evidências apresentadas, parte das substâncias apreendidas é utilizada como prova em processos criminais. Após o término dos procedimentos, as drogas são incineradas como medida de segurança, para evitar que retornem ao mercado ilegal”, diz.
Segundo ele, a PRF tem intensificado as ações de fiscalização de veículos, pessoas e cargas nas rodovias federais do Pará, para combater o tráfico de drogas de maneira eficaz. “Investimos em treinamentos especializados, preparando os policiais para enfrentar os complexos cenários de atuação do crime organizado, identificando padrões suspeitos e conduzindo abordagens eficientes durante as fiscalizações. Isso resulta num aumento no número de apreensões”, garante.
A PRF possui um aliado fundamental nessa batalha contra o tráfico de drogas: o cão farejador, cujo papel tornou-se cada vez mais relevante. “Os animais são treinados e desempenham uma função crucial na identificação de substâncias ilícitas ocultas nos veículos, permitindo aos policiais uma atuação mais ágil e precisa”. Além da apreensão e drogas, no Pará, a PRF atua principalmente na recuperação de veículos roubados, tráfico de armas, contrabando e descaminho, além e atuar no combate aos crimes ambientais.
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