Briga com o namorado, sequestro, pedido de resgate e morte: assim pode ser resumido o caso da mulher sequestrada neste último fim de semana em Belém.
A vítima, uma médica residente da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, foi sequestrada na noite de sábado (22) ao sair de uma festa em um bar e restaurante localizado no bairro da Cidade Velha, em Belém.
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De acordo com a repórter Sabrina Linhares, da RBATV, que acompanhou o caso, a médica, de 28 anos, que terá a identidade preservada, estava no bar na companhia do namorado. Após uma discussão entre os dois, o rapaz deixou o local sozinho em um carro de transporte por aplicativo enquanto a parceira decidiu ir embora em seu veículo, o qual estava estacionado na rua às proximidades do estabelecimento.
No momento em que a médica se deslocava para seu carro, um homem a abordou e se identificou como sendo um policial. O suspeito afirmou que não deixaria a mulher entrar no veículo pois ela estaria supostamente embriagada, então a conduziu para outro automóvel e assim teve início o sequestro.
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A médica foi levada da Cidade Velha para o bairro do Paar, em Ananindeua, na Grande Belém, onde foi mantida em cativeiro por quase 24 horas. Durante este período, ela permaneceu com as mãos amarradas e os olhos vendados.
PEDIDO DE RESGATE E LOCALIZAÇÃO DO CATIVEIRO
Os criminosos entraram em contato com os familiares da médica e exigiram a quantia de R$ 200 mil para libertar a vítima. A Polícia Civil do Pará foi acionada e conseguiu, por meio do Setor de Inteligência, localizar o paradeiro dos criminosos e da mulher no fim da tarde de domingo (23).
Quando as equipes da Polícia Civil chegaram à residência onde a médica era mantida em cativeiro, perceberam a presença de um homem armado no imóvel. Antes de qualquer reação do suspeito que pudesse colocar em risco a vida da vítima, os agentes efetuaram disparos contra o mesmo, que foi atingido e não resistiu aos ferimentos. Os demais integrantes do grupo criminoso tentaram fugir, mas foram presos e autuados em flagrante por extorsão mediante sequestro.
Ao todo, seis pessoas teriam participado no sequestro da médica, sendo quatro homens e duas mulheres. O suspeito morto na ação policial seria uma pessoa com deficiência (PCD). Segundo a Polícia Civil, o sequestro teria sido coordenado por um criminoso custodiado em um complexo prisional no Estado do Rio de Janeiro.
Apesar da ocorrência deste fim de semana, o bairro da Cidade Velha não é considerado, de modo geral, como um bairro comum de serem registrados sequestros.
Conhecida por abrigar bares e restaurantes de padrão mais elevado, a Cidade Velha costuma ser um dos bairros mais movimentados de Belém nas noites do fim de semana.
Diante do ocorrido, vale a pena redobrar os cuidados ao andar sozinho pela região para que ocorrências deste tipo não sejam registradas, em especial na entrada ou saída de estabelecimentos comerciais do bairro.
FINAL FELIZ
Após ser libertada do cativeiro em que era mantida sob cárcere privado, a médica foi encaminhada para a Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), que contou com a ação da Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos e Antissequestro (DRRBA) para realizar o resgate da vítima.
Vídeos mostram o momento em que a médica chega à unidade policial e é recebida com abraços por familiares enquanto os agentes da Polícia Civil comemoram o final feliz para o caso. A mulher também teve seus pertences recuperados.
Nas redes sociais, ela agradeceu por ter sido libertada em segurança. "Graças a Deus estou em casa, viva e bem", disse ela em publicação nos Stories de seu perfil no Instagram.
O delegado Fausto Bulcão, titular da DRCO, conversou com o repórter Luiz Otávio Louredo, da RBATV, e deu detalhes sobre o caso. Confira no vídeo abaixo:
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