Na manhã desta terça-feira, 17 de dezembro de 2024, pescadores localizaram o corpo da consultora de vendas Kellen Thaynara Nascimento de Abreu, de 26 anos, na região da Ilha das Onças, em Belém. Thaynara havia desaparecido na noite anterior (16), durante um passeio de lancha com amigos na área da Prainha, nas proximidades da Ilha do Combu.
De acordo com testemunhas, durante o passeio, a jovem teria informado que iria se banhar nas águas e até convidou outros participantes, que recusaram o convite. Após entrar na água, Thaynara não retornou à embarcação.
Por volta das 10 horas da manhã de terça-feira, equipes do Corpo de Bombeiros, que estavam retomando as buscas pela jovem, receberam a informação de que um corpo havia sido encontrado. Thaynara foi localizada vestindo roupas de banho.
A remoção do corpo foi realizada pelo grupamento marítimo fluvial por volta das 10h, na avenida Arthur Bernardes, e, em seguida, familiares e amigos da vítima se dirigiram ao Instituto Médico Legal para os procedimentos de liberação do corpo.
A Polícia Civil iniciou imediatamente as investigações sobre o caso. O celular de Thaynara e a lancha utilizada no passeio foram apreendidos. No momento do incidente, a embarcação estava com seis pessoas a bordo, incluindo três mulheres, sendo duas passageiras e a vítima, além de três homens. As testemunhas já prestaram depoimento na Seccional de São Brás.
O proprietário da lancha, um empresário do setor de vendas de veículos, apagou seu perfil nas redes sociais após o ocorrido. A polícia informou que apenas um homem, identificado como “Bruno”, conhecia a vítima e foi ele quem convidou Thaynara para o passeio.
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O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios, que busca esclarecer as circunstâncias do desaparecimento e morte de Kellen Thaynara Nascimento de Abreu.
Polícia fez perícia na embarcação ainda ontem
A Polícia Científica do Pará (PCEPA) realizou na tarde desta terça-feira, 17, a pedido da Polícia Civil do Pará (PCPA), a perícia na lancha que realizou o passeio de onde desapareceu a jovem Kellen Taynara de Abreu, 26 anos, nas proximidades da Ilha do Combu. A PCPA acompanhou o procedimento enquanto realizava investigação no local.
Conforme o perito criminal e diretor-geral da Polícia Científica, Celso Mascarenhas, os peritos trabalharam no caso de forma minuciosa. “O trabalho está sendo feito de forma calma, minuciosa e precisa, devido o cuidado que o caso requer. Estamos integrando os dois Institutos, tanto o de criminalística, na parte de perícia de local de crime, como também do Instituto Médico Legal, na sua sessão de perícia no morto. Ambos os setores conversarão para em um prazo estabelecido de até 10 dias, podendo ser prorrogado por mais dez dias, devido à complexidade do caso, para dar uma resposta eficaz”, ressaltou.
Ainda conforme o diretor-geral, fica a critério da autoridade requisitante a solicitação de outros exames de perícias, que ainda podem ser realizados. O delegado da Polícia Civil, Luiz Guilherme Neves de Melo, que acompanhava a perícia no local explicou o procedimento realizado.
“Apesar das primeiras informações darem conta de que o fato ocorreu no flutuante, não no barco, para diligenciar de forma correta dentro do inquérito policial, na data de hoje a Polícia Civil solicitou a perícia no barco, que está sendo realizada aqui com os peritos do Renato Chaves, para constatar qualquer eventual materialidade de algum crime que tenha ocorrido, vestígios de sangue, e outras coisas que podem ser encontradas pelos peritos. A partir de então o delegado responsável pelo feito vai seguir na diligência de ouvir as testemunhas”, compartilhou.
Luiz Guilherme informou ainda que na tarde desta terça-feira a PCPA já ouviu o proprietário da embarcação.
Caso Yasmin Macêdo ainda aguarda definição da justiça
O caso é investigado pela Polícia Civil e acontece quase três anos após outro episódio que movimentou o noticiário e que até hoje está sem respostas. Ou pelo menos possíveis culpados punidos pela Justiça.
A influenciadora Yasmin Macêdo desapareceu na noite do dia 12 de dezembro de 2021, durante um passeio de lancha no rio Maguari. O corpo da jovem, que tinha 21 anos, foi encontrado às 12h40 do dia 13, próximo a uma marina particular no distrito de Icoaraci, a 11 metros de profundidade.
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Um dos alvos da ação judicial é Lucas Magalhães. Lucas, dono da lancha, irá à júri popular. Mas não se sabe quando. Ele está solto e responde em liberdade. O passeio de lancha que resultou na morte de Yasmin foi organizado por ele. Segundo as investigações, haviam 19 pessoas na embarcação. Ele estaria pilotando a lancha sem autorização e estaria ainda armado. Lucas responde por homicídio por dolo eventual, posse de arma de fogo e disparo.
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