
Numa noite comum de maio, uma cena trágica rompeu a rotina do bairro da Sacramenta, em Belém. Em frente a uma academia movimentada da avenida Senador Lemos, tiros foram disparados, vidas foram ceifadas e famílias mergulharam em um luto repentino e doloroso. O caso, que rapidamente chamou atenção pública pela complexidade e pelo envolvimento de agentes da segurança pública, gerou questionamentos e inquietações. Meses depois, a Divisão de Homicídios da Polícia Civil chega a uma conclusão sobre o que realmente aconteceu naquela noite.
O inquérito, finalizado nesta semana, apurou que o personal trainer Alberto Wilson dos Santos Quintela foi morto com tiros disparados pelo policial militar Rodrigo Alves Ferreira, integrante do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam). As investigações revelaram que Rodrigo, pilotando uma motocicleta, chegou ao local armado e abordou Alberto. A partir desse momento o desfecho trágico começou.
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Segundo a Polícia Civil, o segundo policial envolvido, Luiz Carlos Carvalho, que estava à paisana aguardando a esposa – funcionária da academia –, teria agido em legítima defesa de terceiro ao perceber a movimentação suspeita. De acordo com o inquérito, Luiz Carlos viu o homem sacar a arma e, diante da iminência de um ataque, reagiu.
O relatório final não indiciou Luiz Carlos Carvalho e sugeriu inclusive o arquivamento do caso em relação a ele, além de propor que seja incluído um elogio funcional em sua ficha, em reconhecimento à conduta considerada legítima durante a ação.
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Relembre o caso
A tragédia ocorreu na noite de 19 de maio de 2025, em frente a uma academia na avenida Senador Lemos. O personal trainer Alberto Quintela foi encontrado morto dentro do próprio carro. Câmeras de segurança registraram o momento em que Rodrigo Alves Ferreira chegou em uma moto e abordou Alberto armado.
Luiz Carlos Carvalho, o terceiro envolvido, estaria do lado de fora da academia esperando a esposa, quando percebeu a movimentação e reagiu à abordagem de Rodrigo, atirando em direção aos dois. O confronto resultou na morte tanto do personal quanto do PM da Rotam.
O caso chocou a cidade. Alberto Quintela, além de ser um profissional conhecido e querido no meio fitness, deixou esposa grávida de oito meses. Ele foi sepultado em Santa Izabel, enquanto o policial Rodrigo Alves Ferreira foi enterrado em Ananindeua.
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