Caso Paulo Guilherme: delegado fala sobre linchamento, câmeras e envolvidos

O caso da morte do menino Paulo Guilherme, de apenas 6 anos, que comoveu a população, ganhou novos desdobramentos após o delegado Egídio Queiroz, responsável pela investigação, confirmar que os envolvidos no espancamento poderão ser presos e responsabilizados criminalmente.

Durante coletiva de imprensa realizada na última terça-feira (28), o delegado afirmou que a Divisão de Homicídios conduz dois inquéritos paralelos — um que apura o assassinato de Paulo Guilherme e outro que investiga as circunstâncias do linchamento de George Hamilton os Santos Gonçalves, apontado como um dos suspeitos de envolvimento no assassinato da criança.

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“As pessoas que participaram do linchamento e que, porventura, foram responsáveis pela morte da pessoa, se forem descobertas, elas serão responsabilizadas e denunciadas pelo Ministério Público. Esse inquérito está sendo investigado pela Divisão de Homicídios também, porque é um crime ligado ao crime do menor”, declarou Egídio Queiroz.

Segundo o delegado, a polícia está analisando imagens de câmeras de segurança, depoimentos de testemunhas e outros elementos que possam ajudar a identificar todos os envolvidos nos dois episódios.

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O caso teve início após o desaparecimento de Paulo Guilherme, encontrado morto dentro de uma mala dias depois. A suspeita de participação de George Hamilton no crime gerou revolta entre moradores da região, que o localizaram e o agrediram até a morte antes da chegada da polícia.

As investigações seguem em andamento, e a Polícia Civil ainda não informou o número de pessoas já identificadas nas imagens. O delegado destacou que as provas estão sendo reunidas para que todos os envolvidos, tanto no assassinato do menino quanto no linchamento, sejam responsabilizados dentro da lei.

RELEMBRE O CASO

O corpo de Paulo Guilherme foi encontrado dentro de uma mala na tarde do dia 27 de outubro, em frente ao Cemitério São Jorge, no bairro da Marambaia, em Belém. Pessoas que passavam pelo local notaram o objeto e, ao abrirem, encontraram a criança sem vida. Deitado de bruços dentro da mala, o menino estava com a cabeça apoiada em uma luva de boxe.