O que deveria ser o começo de uma viagem tranquila ao Pará acabou se tornando dor de cabeça para turistas brasileiros e estrangeiros. Ao desembarcarem no estado, alguns visitantes descobriram que as hospedagens reservadas pela internet simplesmente não existiam.
A situação, que se repetiu em diferentes datas e com várias pessoas, chamou a atenção da Delegacia de Proteção ao Turista (DPTur), da Polícia Civil do Pará (PCPA) que abriu uma investigação específica para apurar o caso.
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A partir dos relatos, a PCPA identificou quatro ocorrências semelhantes envolvendo prejuízos que ultrapassaram R$ 50 mil e US$ 10 mil. Todas as vítimas haviam contratado quartos anunciados em uma plataforma digital, acreditando se tratar de um serviço legítimo de reservas. O pagamento antecipado, solicitado pelos supostos anfitriões, foi a porta de entrada para o golpe.
Segundo o delegado Guilherme Gonçalves, a equipe da DPTur conseguiu mapear toda a atuação dos suspeitos. Os investigadores rastrearam o fluxo de dinheiro, analisaram contas usadas no aplicativo e cruzaram os números de telefone utilizados.
As linhas, todas com o código de identificação do estado de Pernambuco, eram operadas por golpistas que anunciavam apartamentos fictícios em um prédio chamado Piemont, localizado no centro de Belém.
O levantamento revelou ainda quem era o principal beneficiário do esquema. O homem recebia transferências internacionais em euro e dólar e possuía endereço registrado no município de Ipojuca, também em Pernambuco.
Diante do avanço da investigação, a DPTur solicitou apoio à polícia pernambucana, que realizou a prisão em flagrante do suspeito. De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), o homem confessou participação no golpe e afirmou ter sido aliciado por outro indivíduo, além de relatar repasses feitos a uma comparsa.
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Ele foi autuado por estelionato e associação criminosa, e teve a prisão preventiva solicitada devido à continuidade das fraudes e ao nível de organização do grupo.
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