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AGRESSÃO GRAVÍSSIMA

MPPA denuncia médico por tentativa de feminicídio em Belém 

Para a Promotoria, a dinâmica dos fatos revela uma clara intenção de matar.

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Imagem ilustrativa da notícia MPPA denuncia médico por tentativa de feminicídio em Belém  camera O médico Felipe Almeida Nunes, de 30 anos, foi preso por tentativa de feminicídio após agredir e arrastar sua namorada, a universitária Graziela Luzia Chada, de 27 anos, com um carro durante uma discussão. | ​Foto: Reprodução

Um caso de extrema violência que ganhou repercussão em Belém acaba de avançar mais um passo na esfera criminal. A 1ª Promotoria de Justiça de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, que integra o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), ofereceu denúncia formal contra o médico Felipe Almeida Nunes pela prática de feminicídio qualificado tentado e injúria real. A acusação é assinada pela promotora Darlene Rodrigues Moreira, titular da unidade especializada.

De acordo com o MPPA, Felipe teria acelerado bruscamente o carro que conduzia enquanto a vítima tentava impedir sua partida, arrastando-a por aproximadamente 244 metros em alta velocidade, até que ela caiu do veículo, sendo deixada gravemente ferida no meio da via. Após a queda da vítima, o denunciado não prestou qualquer socorro e fugiu do local. Para a Promotoria, a dinâmica dos fatos revela uma clara intenção de matar, utilizando um recurso que impossibilitou qualquer defesa da mulher.

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A promotora destaca ainda que, pela formação profissional do acusado, ele tinha plena consciência de que a manobra realizada poderia provocar a morte da vítima ou causar lesões gravíssimas — circunstância que, segundo a denúncia, confirma o dolo na conduta. O MPPA sustenta que a autoria e a materialidade do crime estão amplamente comprovadas no inquérito policial, composto por depoimento da vítima, relatos de testemunhas oculares, laudo de corpo de delito e imagens de câmeras de monitoramento.

As gravações revelariam de forma inequívoca que a vítima foi arrastada em alta velocidade e, além disso, teriam registrado um detalhe importante: o próprio acusado teria provocado lesões em si mesmo, na intenção de atribuir falsamente à vítima a responsabilidade por “múltiplos socos”, o que, segundo o MPPA, configura tentativa de manipulação da cena e tentativa de enganar as autoridades.

O Ministério Público relata também que as lesões sofridas pela mulher foram classificadas como gravíssimas, incluindo deformidades permanentes, escoriações profundas, múltiplas fraturas dentárias e até a perda de dentes — quadro clínico considerado absolutamente compatível com a prática de feminicídio tentado.

O caso agora segue para análise judicial.

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Sem registro oficial

Segundo o site oficial do Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM/PA), Felipe Almeida Nunes, que se apresentava como psiquiatra, não possui especialidade descrita em seu registro para atuar como psiquiatra. Ao pesquisar a numeração, a única especialidade listada é a de "MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE".

"O Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará (CRM-PA) informa que o médico em questão praticou crime comum e não encontrava-se, no momento do fato, realizando qualquer ato médico. Ressaltamos que a atuação do CRM-PA restringe-se à análise e julgamento de condutas médicas praticadas no exercício da profissão, ou seja, durante o ato médico", disse o conselho em nota na época do fato.

Ainda por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará ressaltou que "todo e qualquer ato que não envolva ato médico deve ser apurado pelas esferas competentes para tanto, seja a criminal ou a cível. Por fim, informamos que o referido médico não possui registro como psiquiatra, conforme pode ser verificado no site deste Regional."

Relembre o caso

O episódio ocorreu na madrugada do dia 26 de outubro deste ano quando a vítima tentou impedir a saída de Felipe Almeida Nunes, com quem mantinha relacionamento. Segundo as investigações, ele acelerou o carro mesmo com a mulher presa à estrutura do veículo, arrastando-a por quase um quarteirão inteiro antes de abandoná-la ferida no asfalto. A violência foi captada por câmeras de segurança e apresentada pela Polícia Civil ao MPPA, que agora formaliza a acusação por feminicídio tentado e injúria real.

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