PM de Goiás e mulher tentam "comprar bebê" no Pará e são presos

O tráfico de pessoas é considerado um dos crimes mais graves contra a dignidade humana. No Brasil, a prática é punida com rigor pelo Código Penal, que prevê pena de 4 a 8 anos de reclusão, além de multa, podendo ser aumentada caso a vítima seja menor de idade, haja violência ou finalidade de exploração sexual, laboral ou adoção ilegal. As autoridades reforçam que a denúncia é uma ferramenta essencial para prevenir novos casos e garantir a proteção das vítimas.

Equipes da Delegacia de Portel, no Pará, vinculada à Superintendência Regional das Ilhas do Marajó prenderam na tarde da última terça-feira (02), um homem e uma mulher pelo crime de tráfico de pessoas. Os policiais receberam denúncias indicando que o casal tentava comprar um bebê.

A delegada Fabiana Santos, responsável pelas investigações, explicou que os dois “tentaram cometer o crime em Melgaço, porém não tiveram sucesso e acabaram abordando um indivíduo no município de Portel, oferecendo uma quantia vultosa para que ele intermediasse a transação".

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Diante da denúncia, a delegada ressaltou que a "equipe diligenciou de forma disfarçada para monitorar a transação" e, no momento em que o casal verbalizou o valor a ser pago, "foi dada voz de prisão em flagrante pelo crime de tráfico de pessoas”.

O homem se identificou como policial militar do estado de Goiás e com ele foi apreendida uma arma. Ele estava acompanhado por uma mulher e uma criança, que seria filho dela. Todos hospedados em um hotel no centro da cidade, onde aconteceu a oferta em dinheiro.

Prisão e investigações

Durante a prisão, equipes da Polícia Militar do Pará deram apoio, já que o suspeito resistia às ordens dos agentes. Com o casal foram apreendidos uma mala contendo roupas de recém-nascido, fraldas descartáveis, mamadeiras e três celulares. Os aparelhos guardavam certidões de nascimento de bebês de outros estados, levantando ainda mais suspeitas sobre o esquema.

As investigações continuam para identificar outras possíveis vítimas e checar se o casal já atuou em crimes semelhantes em outros municípios. O filho da suspeita, de apenas oito anos, foi encaminhado ao Conselho Tutelar local para posteriores averiguações.