Em um momento em que golpes financeiros se sofisticam e afetam um número crescente de pessoas, a Polícia Civil do Pará voltou a direcionar esforços para desarticular esquemas que utilizam a confiança das vítimas como principal ferramenta de fraude. Nesta quarta-feira (3), uma ação coordenada envolvendo diferentes unidades da corporação resultou em novas prisões dentro da operação “Crédito Falso”.
A Delegacia do Consumidor (Decon), vinculada à Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), com apoio operacional da Delegacia de Barcarena, cumpriu dois mandados de prisão preventiva expedidos pela Vara de Juiz das Garantias da Região Metropolitana de Belém. As prisões ocorreram em Belém e no município de Barcarena, ambos na região metropolitana.
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Segundo a Polícia Civil, a operação faz parte de uma investigação que apura crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e falsificação de documento público. Um dos investigados teria desenvolvido um esquema de fraude financeira considerado sofisticado: ele se apresentava como consultor e assessor financeiro e convencia vítimas a entregar valores elevados mediante a promessa de rendimentos garantidos. Como suposta garantia, entregava documentos identificados como Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) — posteriormente confirmados como totalmente falsificados.
O delegado Yuri Vilanova, titular da Decon, informou que o suspeito mantinha presença ativa nas redes sociais, onde se apresentava como profissional especializado em investimentos, vinculado a uma empresa de assessoria financeira. “As vítimas eram induzidas a erro e realizavam aportes financeiros acreditando na segurança da operação. As CCBs entregues como garantia se revelaram integralmente falsificadas quando consultadas nos bancos que figuravam como emissores”, explicou.
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As apurações indicam que um dos presos emitiu dezenas de CCBs falsas, movimentando cerca de R$ 3 milhões e causando prejuízos a diversas vítimas. O segundo investigado, apontado como principal beneficiário do esquema, teria recebido aproximadamente R$ 2 milhões desse montante.
A investigação segue em andamento para identificar outros possíveis envolvidos no esquema criminoso. Os dois detidos foram encaminhados às unidades policiais de Barcarena e à sede da Decon, onde permanecem à disposição da Justiça.
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