O velório do garoto João Paulo Pompeu Rodrigues, 11 anos, atropelado na noite do último sábado (11), no bairro do Souza, em Belém, foi marcado pela revolta. Amigos e familiares do garoto ficaram indignados com o crime. Ontem, antes do enterro, levando o caixão, todos deram uma volta pelo quarteirão em sinal de protesto. A tia do menino se descontrolou ao passar em frente à casa do acusado e quebrou os vidros da janela com um vaso de flores. Bastante emocionada, ela foi contida com muita dificuldade pelos parentes.
A morte do menino chocou a todos. Eram 21h30, quando ele brincava de bola na calçada com a prima de 13 anos e foi surpreendido por um carro que trafegava, na contramão, pelo acostamento da avenida João Paulo II.
“Eu já ia chamar o João para a gente entrar, mas achei que poderíamos ficar mais um pouco. Cheguei a ver o carro, mas veio em alta velocidade e não deu tempo de avisar meu primo”, contou a adolescente.
O acusado tentou fugir, mas foi detido por alguns vizinhos. A família do garoto diz que o motorista dirigia embriagado e sem carteira de habilitação. Ele foi levado para a Seccional da Marambaia, onde foi ouvido e liberado após pagamento de fiança.
Segundo Josiane Pompeu Rodrigues, 32 anos, mãe do menino, desde o crime, a casa do acusado, bem próxima do local do atropelamento, está vazia. Enquanto isso, ela tenta entender a perda. “Ele morou aqui a vida toda. Há apenas um ano que nós nos mudamos para o Sideral e ele veio falecer justamente aqui” . Na noite em que foi morto, João Paulo, a irmã de três anos e a mãe tinham ido dormir na casa de parentes na João Paulo II, porque no dia seguinte iriam para um passeio em Mosqueiro.
“Meu filho estava todo feliz porque íamos à praia. Parece que ainda não caiu a ficha, sabe? Antes de vocês (DIÁRIO) chegarem, eu estava olhando a rua e passou um filme de tudo. Não tive coragem de voltar para casa porque não sei qual será minha reação ao ver as coisas dele”. (Diário do Pará)
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