O policial civil, que atuava como investigador, Emerson da Silva Valente, acusado de matar o radialista Tony Rossi, de 37 anos, no dia 24 de julho de 2010, em Redenção, foi ouvido na sexta-feira (21), no Fórum da cidade, durante audiência com o juiz Haroldo Silva da Fonseca da 2ª Vara Criminal daquela Comarca.
O investigador chegou ao Fórum por volta das 8h30, dentro do camburão da viatura da Superintendência do Sistema Penal do Pará (Susipe), escoltado por dois agentes da Susipe e um investigador da Polícia Civil. Em Redenção, ele chegou na tarde de quinta-feira (20) e passou a noite no presídio.
Vários jornalistas aguardavam o investigador na frente do Fórum, que até então não tinha sido mostrado à Imprensa. Parentes da vítima que também estavam no Fórum, se revoltaram ao verem o acusado. “Eu espero que ele seja julgado e condenado”, disse o produtor Wanderson Araújo, irmão da vítima.
TESTEMUNHAS
Além do investigador, participaram da audiência, como testemunhas de acusação, o delegado Antônio Nicolau Neto, que efetuou a prisão do acusado, o pai do radialista, o jornalista e diretor do Detran de Redenção, Aroldo Araújo, dois policiais civis e um homem que teria visto Valente saindo do local do crime. O advogado de defesa do acusado, Omar Saré, também compareceu à audiência, que durou mais de quatro horas.
Segundo Aroldo Araújo, ele é um dos poucos brasileiros que ainda acredita na justiça e que por isso está confiante de que o investigador Emerson Valente será condenado e expulso da polícia. “Eu tenho certeza de que ele pagará pelo crime que cometeu”.
De acordo com a família do radialista Tony Rossi, até hoje o crime não foi totalmente esclarecido, já que o investigador Valente era amigo da vítima. Segundo informações, o motivo do crime seria a desconfiança que o acusado tinha de que sua amante o estava traindo com Tony Rossi.
EXECUÇÃO
O radialista Tony Rossi foi assassinado com cinco tiros de pistola, por volta das 5 da manhã, quando se dirigia em sua motocicleta para a rádio Interativa FM, onde comandava um programa sertanejo. O crime aconteceu próximo ao Sindicato Rural de Redenção, na avenida Brasil. O investigador Valente foi preso em flagrante pelo delegado Antônio Nicolau Neto, que o conduziu até Redenção.
Durante o processo de investigação do crime, a Corregedoria da Polícia Civil instaurou um Procedimento Administrativo Disciplinar (PD) para apurar os fatos. Por meio de exame de balística, foi comprovado que a arma que matou o radialista era uma pistola Ponto 40, que pertencia ao policial.
Após término da audiência de sexta, o investigador Valente foi levado de volta à penitenciária Anastácio das Neves, em Santa Isabel, onde ficará aguardando decisão da Justiça. (Diário do Pará)
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